Americano detido em Cuba pede, usando CNN, para ver sua mãe doente Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 05 de Mayo de 2012 12:46

Washington - O americano Alan Gross, sub-contratado do Departamento de Estado americano, condenado a 15 anos de prisão por espionagem em Cuba pediu nesta sexta-feira autorização para voltar a seu país e visitar sua mãe enferma, numa ligação telefônica em directo à rede de televisão CNN.

"Tenho minha mãe de 90 anos que tem um câncer de pulmão não operável. Não está melhorando ou a  ficar mais saudável", disse Gross à CNN depois de receber permissão para conceder uma entrevista inédita à imprensa americana realizada do hospital cubano em que está detido.

O americano disse que "meu advogado e eu escrevemos em mais de uma ocasião ao governo de Cuba, pedindo que me deem permissão para visitá-la e retornar a Cuba".

"Disse que voltaria a Cuba se me deixassem visitar minha mãe antes de sua morte", disse Gross, reconhecido pelos Estados Unidos como empregado da empresa Development Alternatives (DAI), contratada pela Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID), do Departamento de Estado.

Gross, que fez 63 anos esta semana, foi condenado em Março de 2011 por "actos contra a independência ou integridade territorial" de Cuba e sentenciado a 15 anos de prisão por entregar computadores portáteis e meios de comunicação a uma pequena comunidade judaica, como empregado da DAI.

Gross sempre negou as acusações contra ele e o governo de Washington continua pressionando Havana por sua libertação.

No fim do ano passado, havia grandes esperanças que Gross fosse amnistiado, junto com outros 3.000 prisioneiros, pelo presidente Raúl Castro, mas, no fim, essas esperanças evaporaram e o americano continua detido.

Segundo o governo cubano, Gross pretendia dar meios de comunicação por satélite a opositores para criar uma rede de informática clandestina em um plano "subversivo" dos Estados Unidos com a finalidade de destruir a revolução.

Gross afirmou que desde sua prisão em Dezembro de 2009 tinha perdido peso, mas "não estou realmente em má forma".


Informou que houve algumas mudanças positivas, como ter sido autorizado a realizar um telefonema a sua família ou a outras pessoas.

 

Última actualización el Sábado, 05 de Mayo de 2012 13:03