Trégua de Lula e Ciro Gomes gerou reação positiva de esquerdistas no Twitter Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 31 de Octubre de 2020 00:40

A paz selada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), após ruptura em 2018, teve repercussão positiva no Twitter nesta quinta-feira: 69% das menções na plataforma, feitas por perfis esquerdistas, comemoraram a trégua. Os dados analisados pela consultoria Arquimedes e obtidos pelo Sonar mostram que os 31% restantes, de contas da direita, adotaram um tom crítico e irônico para a união que, ao que tudo indica, ambiciona a corrida presidencial de 2022.

Lula recebeu a visita do governador do Ceará, Camilo Santana, e de Ciro Gomes no Hospital Sírio Libanês em São Paulo

A Arquimedes analisou mais de 11 mil menções feitas no Twitter a Lula e Ciro, publicadas entre meia-noite e 15h desta quinta-feira. Após a reportagem publicada pelo GLOBO, mostrando a conversa que Lula e Ciro tiveram no começo de setembro, na sede do Instituto Lula, a hashtag #LulaeCiro permaneceu como a mais citada pelos usuários da plataforma durante toda a manhã.

 

Ciro fez as "pazes" com Lula e já mostra serviço. Não ficou indignado com o petrolão, com a quadrilha petista destruindo a estatal, mas chama de roubo pagar dividendos aos acionistas. Mete um processo nesse vagabundo, Roberto Castello Branco!!!

 

O encontro entre Lula e Ciro foi a melhor notícia do ano para o campo progressista. As torcidas correram para tentar justificar a reunião como uma suposta “rendição” de um deles. Surgiram exigências estapafúrdias. Bobagem maior não há.

A união entre as duas principais lideranças do campo popular e democrático teria um efeito avassalador. O polo formado seria capaz de reacender o ativo mais importante na política: a expectativa de poder.

Lula, Ciro e a unidade no primeiro turno

Por Ricardo Cappelli Em 30 out, 2020 - 10:13 Última Atualização 30 out, 2020 - 10:19

Reaproximação de Lula e Ciro desagrada ao PT no Ceará

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Selada a unidade, a possibilidade de voltar a dialogar e atrair setores de centro seria real. A construção de uma Frente Ampla nucleada pela esquerda voltaria a ser factível.

Bolsonaro faz um governo criminoso, genocida, cercado por aves de rapina. Já está claro para o mercado a falência deste projeto. O dólar explodiu, a Bolsa despencou e os juros futuros sinalizam grande desconfiança.

A economia deve se arrastar de forma sofrível até 2022. Já são mais de 20 milhões de desempregados e desalentados. As ruas das grandes cidades viraram o dormitório de milhares de pessoas.

O capitão irá enfrentar após as eleições um dilema: neoliberalismo tardio ou popularidade? Teto de gastos ou Renda Brasil? Guedes ou Marinho?

Vivemos uma crise sanitária gravíssima. Bolsonaro colocou no orçamento de 2021 recursos para a compra de vacinas para menos da metade da população. Um crime humanitário.

Neste cenário sombrio, por que o presidente continua “surfando”? Simples, não existe oposição. O "telecatch" nas eleições municipais entre candidatos da esquerda, numa disputa inacreditável pela hegemonia da derrota, é autoexplicativo.

Ainda é possível impor uma derrota à direita no dia 15 de novembro. Nunca é tarde para fazer história. A esquerda pode ir ao segundo turno nas capitais, polarizando o debate político no país.

Como? Faça as contas. Uma soma simples, aritmética. Está claro que, se houver unidade, os candidatos do campo vão ao segundo turno em São Paulo e no Rio, por exemplo.

Até o dia 8 de novembro todos os candidatos deveriam retirar suas candidaturas e declarar apoio ao candidato progressista mais bem colocado nas pesquisas. Este movimento geraria um fato nacional, simbólico, criando uma onda política descomunal.

Os candidatos mais bem colocados chegariam ao segundo turno crescendo, na ofensiva, polarizando com Bolsonaro. O Brasil seria sacudido, de norte a sul. Derrotar o fascismo impõe medidas excepcionais, corajosas, ousadas.

Lula e Ciro possuem autoridade política e liderança para mudar completamente o cenário destas eleições. Carlos Lupi(PDT), Gleisi Hoffmann(PT), Luciana Santos(PCdoB), Carlos Siqueira(PSB) e Juliano Medeiros(Psol) devem isso aos brasileiros.

Sonho? De que vale a política se não for para realizar o possível e o impossível?

Lula e Ciro. É possível reacender a esperança no coração dos brasileiros.

P.S.: escrevo este artigo no meu 27° dia de covid. Não transmito mais, mas continuo com sintomas fortes, febre, enjoo e dor de cabeça. Uma doença violenta promove nosso encontro com a finitude da existência. A vida é curta, e não permite mesquinharias. Só os grandes serão lembrados por toda a eternidade.

Frente ampla para derrotar o arbítrio. É pouco?

Última actualización el Sábado, 07 de Noviembre de 2020 01:14