O pré-candidato presidencial republicano Herman Cain disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos deveriam aumentar a pressão sobre o governo de Cuba e aproveitar o exílio cubano para derrubar os irmãos Castro.

"Acho que não só devemos manter a pressão sobre o regime dos Castro, como também aumentar essa pressão", disse Cain para uma centena de pessoas reunidas no lado externo do famoso restaurante Versailles, centro de reunião dos exilados cubanos em Miami.

Durante seu discurso de campanha, o pré-candidato evitou mencionar a relação entre os dois governos e apenas quando requisitado pelos exilados presentes expressou sua opinião sobre o governo cubano.

Para o pré-candidato, a melhor maneira para levar a democracia à ilha é "falar com as pessoas que mais sabem deste tema", em referência aos cubanos que residem nos EUA. Ele optou por centrar seu discurso nas linhas gerais de sua campanha, baseada na recuperação econômica do país, no fortalecimento da segurança nacional e em um novo plano tributário.

O candidato, o único negro entre os republicanos, criticou o presidente Barack Obama, por debilitar o país econômica e militarmente, assim como por prejudicar a imagem da nação como grande potência mundial.

Além disso, Cain pronunciou algumas palavras em espanhol para destacar a importância de sua proposta que batizou de "9-9-9", que busca simplificar o sistema tributário e estabelecer de maneira temporária uma taxa geral de 9% sobre os contribuintes, as empresas e o consumo.

Santiago Portal, eleitor do pré-candidato republicano, disse que pretende votar no candidato por causa de seu programa de governo. Contudo, o porta-voz do grupo de exilados cubanos Vigília Mambisa, Miguel Saavedra, se mostrou menos otimista e lamentou o fato de que os políticos não cumprem as promessas feitas em suas visitas a Miami.

Cain, que nas últimas semanas foi acusado de assédio sexual por quatro mulheres, está na Flórida com a intenção de alcançar seu lugar nas primárias republicanas.

María Mari, outra eleitora, não acredita nas acusações de assédio sexual e considera que são uma armadilha para prejudicar o candidato republicano. "As denúncias podem afetar sua carreira política caso sejam provadas. Eu serei a primeira, caso sejam confirmadas as acusações, a não votar em Cain, mas acho que nada será provado. São apenas boatos, nada além disso".

Durante sua campanha eleitoral pelo sul da Flórida, o pré-candidato visitará a cidade de Coral Springs, discursará em um comício no Centro de Convenções de West Palm Beach e presidirá um ato de arrecadação de fundos em Palm Beach.

EFE