CUBA: LÍDER DAS DAMAS DE BRANCO DIZ QUE MARIDO REJEITA LIBERTAÇÃO Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 12 de Febrero de 2011 12:45

 

O preso político Héctor Maseda, marido da líder das Damas de Branco Laura Pollán, recusou-se a sair da prisão porque exige liberdade incondicional, apesar de a Igreja Católica ter anunciado nesta sexta-feira sua libertação em breve, segundo sua mulher.

"O cardeal Jaime Ortega conversou com ele ontem (quinta-feira), explicou que tinha sido selecionado para a libertação. Ele respondeu que não aceitava se fosse licença extrapenal, e não liberdade plena, incondicional ou indulto", afirmou à AFP Pollán, que assegurou ter tido conhecimento da decisão de seu marido pelo arcebispado de Havana.

A libertação de Maseda, jornalista e engenheiro eletrônico de 68 anos e com uma condenação de 20 anos, foi anunciada pela Igreja, junto com a do preso Eduardo Díaz Fleitas, libertado nesta sexta-feira. Ambos fazem parte de uma dezena de presos que rejeita o exílio na Espanha e permanece na prisão, dos 52 condenados que o governo se comprometeu com a Igreja a libertar.

Pollán não se mostrou surpresa com a decisão de Maseda e lembrou que seu marido sustenta "que será o último a sair, dos 52" que permanecem presos dos 75 opositores condenados em 2003, declarados "presos de consciência" pela Anistia Internacional.

"Eu, como mulher e esposa, gostaria que ele estivesse aqui, mas se essa é sua decisão, eu a apoio, me sinto orgulhosa de ter um marido que é um homem digno e de princípios firmes", disse Pollán, que não pôde conversar com seu marido, apesar de prever visitá-lo na próxima terça-feira.

Maseda é o segundo da dezena de presos políticos que rejeita o exílio e que renuncia sair da prisão.

A Igreja anunciou na última sexta-feira a libertação de Ángel Moya, mas este afirmou que só aceitaria sair da prisão depois dos mais doentes do grupo, segundo sua mulher Berta Soler, a outra líder das Damas de Branco.

Desde o último mês de julho, quando começou o lento processo de libertações, o governo libertou 40 réus que aceitaram viajar para a Espanha, enquanto um deles ficou em Cuba e outro, que saiu da prisão na última sexta-feira, espera viajar aos Estados Unidos. Ao grupo agora se soma Días Fleitas, libertado nesta sexta-feira.

Última actualización el Sábado, 12 de Febrero de 2011 12:48