Ex-tesoureiro do PT e mais 13 pessoas viram réus por propina na Lava Jato Imprimir
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Martes, 16 de Agosto de 2016 10:34

O juiz Sérgio Moro abriu ação penal contra 14 alvos da Operação Abismo, 31.ª etapa da Lava Jato que descobriu suposto esquema de propinas nas obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes). Entre os réus estão o o ex-tesoureito do PT Paulo Ferreira; o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, que negocia processo de delação premiada; o lobista Adir Assad; e o ex-diretor de Serviços da estatal petrolífera Renato Duque, preso desde fevereiro de 2015 ao ser condenado em outra ação da operação.

Procuradores da Lava Jato dizem ao juiz Sérgio Moro que os nomes denunciados continuarão a serem investigados

Os procuradores da República que fazem parte da Lava Jato sustentam que o Consórcio Novo Cenpes, formado pelas empreiteiras OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Construcap CCPS Engenharia e Schahin Engenharia, teria vencido a licitação de obras de construção para ampliação do Cenpes "mediante ajuste fraudulento de licitação".

 

Segundo o Ministério Público Federal, a propina na licitação chegou a R$20,65 milhões, 2% do valor do contrato e dos aditivos. A denúncia diz que o dinheiro foi destinado a "agentes da Petrobras e a agentes políticos".

O contrato teria sido previamente atribuído às empresas componentes do Consórcio Novo Cenpes por meio do cartel das empreiteiras do qual a OAS era integrante e as demais empresas participavam eventualmente.

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A investigação aponta para uma propina milionária que teria sido paga à empresa WTorre, que havia apresentado a melhor proposta na licitação, o que propiciou a atribuição do contrato ao Consórcio.

Na ação penal, a Lava Jato não acusa o dono da construtora WTorre, Walter Torre, nem outros executivos da empresa que foram alvo da Operação Abismo por suspeita de receberem R$ 18 milhões em propinas. No entanto, os procuradores deixam claro ao juiz Moro que os nomes ainda não denunciados continuarão a ser investigados.

Fonte: Último Segundo - iGhttp://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-08-15/reu-propina-moro.html

Última actualización el Miércoles, 17 de Agosto de 2016 10:37