Líderes da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) se reúnem a partir de hoje aqui para uma cúpula que reafirma seu objetivo de integração em coincidência com a comemoração do bicentenário da independência venezuelana.
Caracas, 18 abr (Prensa Latina) Antiga e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Nicarágua, São Vicente e as Granadinas e Venezuela realizam seu encontro extraordinária com o propósito de fortalecer a proposta de integração oposta ao modelo neoliberal.
Na opinião do presidente venezuelano, Hugo Chávez, a coincidência da reunião da ALBA com a comemoração do bicentenário reflete a identidade de princípios que sustenta a independência e o processo integracionista regional.
A proposta da ALBA começou a tomar corpo em 14 de dezembro de 2004 quando os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez e de Cuba, Fidel Castro, assinaram, em Havana, uma Declaração Conjunta para a sua criação.
A ALBA, que surgiu como alternativa à proposta de livre comércio continental dos Estados Unidos, foi projetada como modelo de integração, complementaridade e respeito das assimetrias em contraposição com os princípios comerciais.
A proposta de cooperação enfoca grande parte das suas ações em esferas sociais como a educação e saúde, que já proporcionaram processos de alfabetização em vários de seus países membros e programas gratuitos de atenção médica.
Com apoio da experiência cubana, Venezuela, Bolívia e Nicarágua foram declaradas territórios livres de analfabetismo (como era já a ilha caribenha desde a década de 60 do século passado).
Só na Venezuela, a cooperação nos serviços de saúde permitiu salvar mais de um milhão de pessoas, enquanto em conjunto se avança na preparação em massa de médicos em duas Escolas Latino-americanas de Medicina em Cuba e na Venezuela.
A perspectiva financeira já realizou a criação do Banco da ALBA para financiar programas econômicos e sociais, e criou o Sistema Único de Compensação Regional de Pagamentos (SUCRE), espécie de moeda virtual para facilitar o comércio.
Empresas gran-nacionais (com capital de vários países) começaram a operar em áreas de pesca, agricultura e outras, enquanto se avançam em planos de soberania tecnológica, programas culturais e acordos universitários, entre outras propostas de cooperação.
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