QUATRO PRESOS POLÍTICOS E UM PSICÓLOGO FAZEM GREVE DE FOME EN CUBA Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Viernes, 26 de Febrero de 2010 23:29

A oposição cubana segue abalada com a morte do dissidente Orlando Zapata Tamayo e com o excesso de repressão por parte do governo cubano, que evitou que seu enterro se tornasse um ato político. Nesta sexta-feira, fontes da oposição informaram que quatro presos políticos e um psicólogo deram início a greves de fome nos últimos dias, informa o jornal "El País".

 

Plantão | 26/02 às 17h34 O GloboAgências internacionais

RIO - São eles Eduardo Díaz Fleitas, Nelson Molinet e Diosdado González, detidos na prisão Kilo 5, em Pinar del Rio; Fidel Suárez Cruz, da Kilo 8, na mesma região; e o psicólogo Guillermo Fariñas, que desde quarta-feira não come nem bebe, para exigir a libertação de 27 presos políticos que estariam em estado grave.

- A chama que Zapata acendeu com sua rebeldia não se deve deixar que se apague - disse Fariñas por telefone. - Se temos de nos imolar, vamos nos imolar para demonstrar ao mundo que a morte de Zapata não foi uma casualidade - acrescentou.

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Os quatro presos fazem parte do grupo de 75 opositores condenados a até 28 anos de prisão na chamada "Primavera Negra" de 2003. ( famílias temem pela sorte de presos políticos em cuba que estão com a saúde mais deteriorada )

Todos pedem a liberação dos aproximadamente 200 presos políticos da ilha, segundo organizações de direitos humanos não reconhecidas pelo governo. O presidente da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), Elizardo Sánchez, disse que enviou mensagens para os presos pedindo que eles desistam da greve de fome. Segundo o jornal "El País", Sánchez afirmou que a greve não tem efeito algum para o governo do general Raúl Castro. ( mais de cem pessoas acompanham enterro do dissidente orlando zapata tamayo em cuba )

Mas Fariñas, consciente de que pode morrer em "três ou quatro dias", garante que está disposto a ir até o fim "por suas ideias" e para "mostrar ao mundo que o que ocorreu com Zapata não é normal". "Não foi um erro, eles deixaram-no morrer". No entanto, o psicólogo conheceu não ter "esperança" de que sua greve de fome contribua para melhorar a situação dos mais de 200 presos políticos na ilha.

EUA, União Europeia, Espanha e outras nações pediram que Cuba liberte seus presos políticos. O presidente cubano, Raúl Castro, disse lamentar a morte, mas responsabilizou os EUA por ela, a quem acusa de apoiar os dissidentes.

Cuba diz que em seus cárceres não há presos políticos e sim "mercenários" recrutados pelos EUA para destruir seu sistema socialista.

Última actualización el Viernes, 26 de Febrero de 2010 23:37