Cuba nega entrada a vítimas que buscavam se aproximar da mesa de paz Colômbia-FARC Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Viernes, 16 de Noviembre de 2012 11:23

As autoridades cubanas negaram a entrada de um grupo de mães de sequestrados e desaparecidos colombianos que queriam se aproximar da mesa de paz entre o Governo e as FARC para indagar de primeira mão sobre a localização de seus filhos.

Assim o denunciou hoje à Efe por telefone a ex-refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) Clara Rojas, que atualmente dirige a Fundação País Livre, uma das organizações que se encarregavam dos trâmites da viagem.

“A ideia era que algumas mães pudessem acompanhar as mesas para perguntar diretamente pela localização de seus filhos”, indicou Rojas, que lamentou que na última semana a “cruzada” se viu frustrada pela decisão das autoridades migratórias cubanas de impedir a entrada do grupo.

Os registros de País Livre calculam em 22 as pessoas que permanecem em poder das FARC, enquanto a Polícia Nacional maneja uma cifra de 17 presos; ao mesmo tempo em que essa guerrilha limitou-se em seus últimos aparecimentos públicos a assinalar que desde fevereiro não voltou a sequestrar.

Rojas disse que a explicação do servidor público que anunciou a medida foi que “as partes resolveram essa situação e pediram ao Governo cubano que restringisse a entrada deste tipo de grupos ao país”, uma informação que País Livre está “tratando de contrastar”.

“Respeitamos a decisão das autoridades cubanas, ainda que surpreende-nos”, agregou a advogada, sequestrada pelas FARC em 2002 junto à então candidata presidencial Íngrid Betancourt e libertada seis anos mais tarde.

Havana é a sede permanente das negociações de paz entre as FARC e o Governo colombiano desde sua instalação em Oslo, em 18 de outubro passado.

No passado dia 6 começou na capital cubana uma reunião técnica que se espera prosseguir hoje para aclarar quais serão os mecanismos que canalizem a participação da sociedade civil, dado que, segundo tem manifestado o Governo colombiano, os únicos que se sentarão à mesa de diálogos serão seus delegados e os das FARC.

“Preocupa-nos porque não nos fizeram nenhuma convocação ainda, só nos pediram que esperássemos até a segunda-feira e nisso estamos. Tomara que facilitem o instrutivo para aceder à plataforma tecnológica de participação civil”, afirmou Rojas.

O ministro do Interior, Fernando Carrillo, apontou na terça-feira que esta plataforma pode ser um site.

Segundo o previsto, as partes deixarão preparado o mecanismo entre hoje e domingo, para dar início formal na próxima segunda-feira às negociações, que começarão com o primeiro ponto da agenda sobre o problema de terras na Colômbia.

Os Governos de Cuba e Noruega exercem como garantidores do diálogo de paz colombiano, enquanto os de Chile e Venezuela têm o papel de acompanhantes”.

Este processo de paz, o terceiro que aborda um Executivo colombiano com as FARC, se cimenta em um documento assinado pelas partes em agosto passado e sobre o qual debateram durante seis meses para traçar uma folha de rota, uma agenda e regras do jogo.

Tomado de INFOLATAM

Última actualización el Viernes, 16 de Noviembre de 2012 11:26