Cuba: Porta-voz do movimento de Oswaldo Payá diz que a polícia provocou sua morte Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Viernes, 19 de Octubre de 2012 13:11

O preso político cubano excarcerado para a Espanha, Regis Iglesias, porta-voz do Movimento Cristão de Libertação (MCL), criado pelo falecido opositor cubano Oswaldo Payá, disse à Efe que o acidente de tráfico no qual morreu em julho foi provocado pela polícia política de Cuba.

Assim o assegurou a partir das mensagens enviadas pelo dirigente de Novas Gerações do Partido Popular de Madri, Ángel Carromero, desde o hospital. Ele conduzia o carro que se chocou contra uma árvore perto de Bayamo e no qual morreu tanto Payá como o também opositor cubano Harold Cepero.

Iglesias, que em 2010 foi um dos presos políticos cubanos excarcerados e extraditados para a Espanha depois de sete anos e meio na prisão, defendeu a “inocência” de Carromero antes de recolher, em Lima, o reconhecimento da sétima Assembleia pela Democracia como representante do movimento pró democracia em Cuba.

Para o ex-preso cubano, a condenação de quatro anos de prisão que a justiça de seu país impôs nesta semana a Ángel Carromero por homicídio de duas pessoas é injusta, já que a seu julgamento “não deve passar nem um só minuto em um cárcere cubano nem espanhol”.

“Todos sabem que ele é inocente. Exigimos que seja devolvido com sua família e que se conheça a verdade”, afirmou Iglesias, que revelou que Carromero e o presidente das Juventudes Democrata Cristãs da Suécia, Jens Aron Modig, que o acompanhava no veículo, enviaram mensagens que diferem da versão oficial.

“Fizeram-no desde o primeiro momento e narravam como foram perseguidos por um automóvel da segurança do Estado que tinha golpeado o carro e os tirado da estrada”, assinalou.

O dissidente qualificou de farsa” o processo judicial ao argumentar que a versão oficial “está cheia de contradições para qualquer observador independente e imparcial”, por isso exigiu “uma investigação internacional que arroje luz e traga a verdade”.

Além disso, Iglesias assegurou que outro opositor cubano, Ezequiel Morales, tentou assistir ao julgamento, mas os agentes cubanos o impediram, e quando exigiu seu direito de estar presente “foi golpeado e encarcerado durante 72 horas”.

Depois da “profunda perda da emblemática figura de Oswaldo Payá”, o porta-voz do Movimento Cristão de Libertação assegurou que sua organização, criada em 1988, “não se deterá como não o fez em nenhuma das ocasiões anteriores nas quais o peso da repressão também caiu sobre ela”.

Tomado de INFOLATAM

Última actualización el Viernes, 19 de Octubre de 2012 13:17