FILHA DE RAÚL CASTRO DIZ QUE ELA É UMA "DISSIDENTE" (?!) Imprimir
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Miércoles, 30 de Mayo de 2012 11:16

Nova York, 29 mai (EFE).- Mariela Castro Espin, filha do presidente cubano, Raúl Castro, disse nesta terça-feira em Nova York que se considera uma 'dissidente' do poder hegemônico global que sonha com uma Cuba soberana, mas que observa 'criticamente' a realidade da ilha e acredita que o processo eleitoral poderia ser 'mais democrático ainda'.

Mariela, diretora do Centro Nacional de Educação Sexual de Cuba (Cenesex), deu essas declarações durante uma conferência na Biblioteca Pública de Nova York, onde falou sobre os direitos da comunidade de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais em seu país.

'Os revolucionários somos dissidentes, somos incômodos e sofremos discriminação devido ao nosso projeto histórico por uma ideologia que tenta experimentar a emancipação plena do ser humano', acrescentou a filha do presidente cubano perante um auditório de mais de 100 pessoas.

Parafraseando o líder dos direitos civis americano Martin Luther King, a sobrinha de Fidel Castro disse que 'sonha' com uma Cuba que consiga manter sua soberania 'ao longo do tempo', dentro da qual está o direito dos cubanos 'de escolher o caminho para sustentar nossa liberdade'.

'O processo eleitoral em Cuba é tão democrático que não se quer falar dele. No entanto, eu, que estou lá dentro e observo criticamente minha realidade, posso dizer a vocês que poderia ser mais democrático ainda', reconheceu Mariela, interrompida várias vezes pelos aplausos dos presentes.

A filha de Raúl Castro comemorou o fato de pela primeira vez na história de Cuba o Partido Comunista ter aprovado como um de seus objetivos 'combater toda forma de discriminação na sociedade cubana, incluindo a por orientação sexual'.

Nesse sentido, Mariela também falou sobre o debate que há em Cuba acerca do casamento entre pessoas do mesmo sexo e do direito da comunidade LGBT à adoção, e disse que 'não tem argumentos' para negar-lhes esses direitos, mas que o Partido Comunista pediu tempo porque a sociedade cubana ainda resiste à mudança.

Em sua passagem pelos Estados Unidos, Mariela já visitou São Francisco, na Califórnia, e ficará nos próximos dias em Nova York. EFE

Tomado de VEJA

elr/pa

Última actualización el Miércoles, 30 de Mayo de 2012 11:20