CUBA LIVRE: AS DAMAS DE BRANCO, A FORÇA DO FRÁGIL |
Escrito por Indicado en la materia |
Martes, 23 de Marzo de 2010 09:30 |
Parece que, finalmente, algo de novo sob o sol começa a acontecer na ilha de Cuba. É algo de novo marcado pela cor branca. São as Damas de Branco cubanas. Há cerca de algumas semanas os cidadãos cubanos vêm assistindo nas ruas da ilha a uma silenciosa e curiosa passeata: são irmãs, mães, esposas, enfim, são mulheres solidárias com os presos políticos que vivem nas prisões da ditadura cubana. São mulheres todas vestidas de branco e empunhando, delicadamente, flores que por vezes oferecem aos policiais que as vigiam. Tudo começou com a morte, recente, de um prisioneiro de consciência cubano: o sr. Orlando Zapata Tamayo, que fazia uma longa greve de fome.
Ao ver essa manifestação, é muito difícil não lembrar outras mulheres que resistiram por anos à ditadura na Argentina e ficaram conhecidas como as Mães da Praça de Maio. Lá, tudo começou com algumas mulheres que se encontravam todas as manhãs, na praça, para trocarem informações sobre os parentes presos ou desaparecidos nos dias anteriores. Os militares chegavam até as mulheres e davam ordem para que elas circulassem. Elas, silenciosas e obedientes, começavam, então, a andar em volta da praça. Surge desse singelo e frágil ato de obediência um dos movimentos mais duradouros e fortes contra a ditadura sanguinária dos militares argentinos. Esse grupo de mulheres ficou conhecido no mundo inteiro e despertou a atenção de organismos internacionais para a luta pelos Direitos Humanos na Argentina. |
Última actualización el Martes, 23 de Marzo de 2010 09:36 |