A equipe de campanha do líder opositor venezuelano, Henrique Capriles, apresentou nesta quinta-feira perante a Corte Suprema de Justiça a impugnação de todo o processo eleitoral do dia 14 de abril, que deu a vitória ao candidato presidencial chavista, Nicolás Maduro, por uma pequena margem.
“Acabamos de consignar perante a sala eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça o recurso contra o processo eleitoral que aconteceu no mês de abril deste mesmo ano”, indicou a jornalistas o advogado Gerardo Fernández, membro da equipe de Capriles, que foi o candidato da oposição nesse pleito.
Fernández explicou que é um recurso contra todo o processo eleitoral, incluídos os atos prévios ao dia 14 de abril, as eleições e “os atos que ocorreram na Venezuela vinculados a esse processo” após o pleito.
“O fundamento deste importante recurso é que em democracia se deve votar, mas, quando alguém vota, deve votar sem coação, sem violência e, sobretudo, deve votar-se respeitando-se os procedimentos e o estado de direito”, afirmou.
Fernández assinalou que, além disso, pediu a rejeição da presidente e do vice-presidente da Sala Eleitoral por antecipar uma opinião e solicitou a constituição de uma “sala acidental eleitoral” para que conheça o recurso.
Por sua parte, o secretário adjunto da opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón José Medina, assinalou que se consignaram “todas e cada uma das alegações” que serão provadas durante o processo judicial.
Medina indicou que pediram a rejeição da presidente da sala, Jhannett María Madriz, e do vice-presidente, Malaquías Gil, por sua “dependência com o partido do governo e sua vinculação estreita com o senhor Nicolas Maduro“.
Maduro, que segundo a autoridade eleitoral venceu com uma estreita margem de 1,8 pontos (272 mil votos) sobre Capriles, foi proclamado vencedor no dia seguinte do pleito e, apesar da rejeição da oposição, assumiu a presidência no dia 19 de abril.
Tomado de INFOLATAM/EFE
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