Yoani Sánchez diz que, pese às reformas, o governo de Cuba segue com o "punho fechado" Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 13 de Abril de 2013 14:36

A blogueira e dissidente cubana Yoani Sánchez disse nesta sexta-feira em Lima que o governo de Raúl Castro realizou algumas flexibilizações em seu país, mas que estas não alcançam as reformas políticas porque o "punho segue ferrenhamente fechado".


"É verdade que ocorreram flexibilizações, como a compra e a venda de casas e carros, há a possibilidade de ter telefones celulares, podem ser feitos trabalhos por conta própria, o que é um eufemismo para se referir ao setor privado", disse à rádio RPP, de Lima.

 

No entanto, ela ressaltou que "não foi dado nem um passo em reformas políticas, nada de liberdade de expressão, nada de permitir que o povo se manifeste contra o governo", o que a levou a afirmar que "o punho segue ferrenhamente fechado".

Sánchez, que está em Lima depois de ter iniciado em fevereiro uma viagem pela América Latina, explicou que o governo de Raúl Castro "foi hábil em exportar o mito das grandes reformas".

"As reformas foram assumidas não por gesto magnânimo, mas por desespero. Eles perceberam que se mantivessem a situação atual, e devido à situação de pressão social, iriam perder o poder", sustentou.

A dissidente cubana ressaltou que as autoridades de Havana adotaram algumas mudanças pelo fato de que "casas já eram compradas e vendidas na clandestinidade, assim como se fazia com os carros e os celulares que eram comprados dos turistas".

"As reformas de Raúl se caracterizam por aceitar o que não se pode impedir", disse, enquanto admitiu que, "de qualquer forma, houve um impacto, mas que não é notado na macroeconomia, e sim na microeconomia".

Tomado de TERRA/AFP

Última actualización el Domingo, 14 de Abril de 2013 14:52