DITADOR CUBANO TENTA JUSTIFICATIVA PARA O ASESINATO DO PEDREIRO DURANTE A VISITA DE LULA Imprimir
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Martes, 02 de Marzo de 2010 20:26
O ditador cubano Fidel Castro citou o presidente Lula da Silva para afirmar que Cuba "jamais torturou alguém, jamais ordenou o assassinato de um adversário", (?) ao se referir à morte do preso político Orlando Zapata, ao final de dois meses e meio de greve de fome.

Em uma nota divulgada pela TV estatal, Fidel lembra a visita do Lula a Cuba, na semana passada, e destaca: "Lula sabe, há muitos anos, que em nosso país jamais se torturou alguém, jamais se ordenou o assassinato de um adversário, jamais se mentiu para o povo".

 

AFP

HAVANA — Lula chegou a Cuba na terça-feira passada, horas após a morte de Zapata, onde lamentou "profundamente" o falecimento, mas se esquivou de qualquer contato com os dissidentes, que esperavam sua intervenção na questão dos presos políticos da Ilha.

"Alguns invejosos de seu prestígio (de Lula) e de sua glória, ou pior ainda, os que estão a serviço do Império (EUA), o criticaram por visitar Cuba. Utilizaram para isto as calúnias que há meio século usam contra Cuba", disse Fidel.

Zapata, um pedreiro negro de 42 anos, cumpria 32 anos de prisão por desordem e desacato ao regime castrista. O dissidente morreu no hospital de Havana para o qual foi transferido da prisão em consequência das sequelas da greve de fome que iniciou em dezembro para protestar contra as condições carcerárias.

A Anistia Internacional considerava Zapata um dos 55 "prisioneiros de consciência" dos 200 presos políticos de Cuba.

Em El Salvador, um dia após sua visita a Cuba, Lula estimou que "não podemos julgar um país ou a atividade de um governante em função da atitude de um cidadão que decide fazer uma greve de fome".

Última actualización el Martes, 02 de Marzo de 2010 20:38