Viúva e filhos de falecido dissidente cubano Oswaldo Payá se exilam nos EUA Imprimir
Escrito por Indicado en la materia   
Martes, 11 de Junio de 2013 09:01

A viúva do falecido dissidente cubano Oswaldo Payá, Ofelia Acevedo, e seus filhos, Rosa María e Reinaldo, encontram-se em Miami, onde foram acolhidos pelo programa de refugiados políticos, confirmaram à Efe fontes do exílio.

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Infolatam/EFE

“Eles chegaram na quinta-feira passada a Miami e foram acolhidos por esse programa”, já que sua “integridade física, liberdade e estabilidade emocional” corriam grave perigo em Cuba, disse Antonio Díaz Sánchez, líder em Miami do Movimento Cristão de Libertação (MCL), fundado por Payá em 1988.

 

A família, que “sofreu a intimidação e a repressão durante vinte anos” nas mãos de um regime “disposto a assassinar” e “desintegrar a proposta” do MCL por todos os meios, por enquanto não vai fazer declarações à imprensa, agregou.

A decisão da família do opositor acontece depois que Rosa María Payá denunciou, em abril passado, em Miami, a “cultura do medo” que reina na ilha e agradeceu ao exílio seu respaldo à campanha internacional na qual pede que se investigue a morte de seu pai.

A filha do fundador do Movimento Cristão de Libertação abriga a esperança de que uma comissão internacional independente investigue as estranhas e suspeitas circunstâncias da morte de seu pai, ocorrida em 22 de junho de 2012.

Segundo disse em Miami Rosa María Payá, a morte de Payá não se deveu a um acidente de trânsito, já que, entre outros argumentos, o próprio Ángel Carromero, o espanhol que conduzia o automóvel acidentado, disse que um veículo bateu atrás do carro que dirigia.

“O regime cubano está mais ativo do que nunca porque precisa de um ambiente de cumplicidade para desenvolver o que chamamos de a mudança fraude”, mas o MCL se nega a participar desta farsa, precisou Díaz Sánchez, ativista e membro do conselho de coordenação do MCL nos EUA.

Díaz Sánchez denunciou, como uma mostra do recrudescimento da repressão contra a oposição dentro da ilha, a agressão sofrida neste sábado pelo jovem opositor do MCL Gualberto Leyva Batista, que foi atacado por um “simpatizante do Governo com uma espécie de facão” que lhe causou graves feridas.

Este tipo de atos de violência e clima de medo são fomentados pelo regime castrista em sua tentativa por “estimular a violência contra os opositores pacíficos em Cuba”, o que tem conduzido a um “aumento da repressão, agressão física e terror”, sublinhou.

Assinalou que a oposição cubana vive em um clima de coação e terror e o MCL, com um projeto que “reclama pacificamente um referendo que devolva a soberania ao povo cubano”, está sendo perseguido pelo regime “nestes momentos difíceis”, depois da morte de Payá.

“O Governo quer desintegrar nosso movimento, mas não vai conseguir”, disse Díaz categoricamente.

Tomado de INFOLATAM/EFE

Última actualización el Martes, 11 de Junio de 2013 09:03