Damas de Branco atraem apoio externo |
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Miércoles, 24 de Marzo de 2010 01:34 |
AE - Agencia Estado
O saldo dos protestos das mulheres dos presos políticos cubanos, as Damas de Branco, e das greves de fome de dissidentes parece ser uma frustração com Cuba na Europa, nos Estados Unidos e em alguns países da América Latina, além de uma consequente piora no clima para o diálogo, especialmente entre Havana e os europeus. Ontem, Laura Pollán, líder do movimento Damas de Branco, comemorou a solidariedade de diversos diplomatas europeus e norte-americanos durante as marchas da semana passada.
"Acho que conseguimos chamar a atenção do mundo para que eles vejam, primeiro, que é preciso pressionar mais Cuba para soltar os presos políticos. Segundo, que essa estratégia dos últimos quatro anos de receber as autoridades cubanas de braços abertos precisa ser revista", disse Laura.
O governo cubano está incomodado com a reação da Europa e a troca de críticas ameaça minar os esforços do governo espanhol, que acreditava que a forma de avançar na libertação dos dissidentes era alterando a política europeia para Cuba (ela exige avanços da ilha em direção à democracia e apoia a relação com a dissidência). "A extrema direita e o fascismo prosperam nessa Europa que impõe com fervor a Cuba a sua interpretação dos direitos humanos, quando isso lhe convém", dizia ontem o jornal Granma sobre uma marcha neonazista na Europa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Última actualización el Miércoles, 24 de Marzo de 2010 01:35 |
Cuba: Amorin 'aclara' declarações d/Lula |
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Jueves, 11 de Marzo de 2010 10:55 |
O ESTADO DE SÃO PAULO
Depois de dizer que não se sentiu "constrangido" com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que anteontem comparou os dissidentes cubanos em greve de fome a "bandidos de São Paulo", o chanceler Celso Amorim responsabilizou ontem os EUA pelo regime ditatorial de Havana.
Para o ministro, o Brasil não pode "sair dando apoio a tudo quanto é dissidente no mundo. Isso não é (nosso) papel", afirmou. Lula - que ontem cumpriu compromissos em Cubatão e na capital de São Paulo - evitou falar sobre o tema.
As declarações do chanceler foram feitas depois de receber, em visita oficial ao Brasil, o ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle. Quando indagado sobre a comparação de Lula, Amorim afirmou: "Eu não estou constrangido." E acrescentou: "Se alguém está interessado em uma evolução política em Cuba, eu tenho a receita rápida: acabe com o embargo. Isso vai trazer grandes mudanças em Cuba", disse o chanceler, referindo-se ao bloqueio econômico imposto pelos EUA desde 1962.
Na terça-feira, Lula afirmou que não poderia questionar as razões pelas quais o governo cubano havia prendido os opositores do regime, da mesma forma como não gostaria que Cuba questionasse as prisões no Brasil. O presidente qualificou a única forma de protesto não reprimido em Cuba, a greve de fome, de uma "insanidade". "Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem libertação", disse.
"FALAR DISCRETAMENTE"
Amorim ainda tentou justificar as declarações de Lula como uma autocrítica do presidente - que fez uma greve de fome nos anos 80 (mais informações na página A14) - a essa forma de protesto. "(Ele) estava exprimindo apenas algo sobre a greve de fome", defendeu. Mas distinguiu ainda duas atitudes requeridas do governo brasileiro. "Uma coisa é defender a democracia, os direitos humanos, o direito de falar, como fazemos. Outra coisa é você sair dando apoio a tudo quanto é dissidente no mundo. Isso não é (nosso) papel."
A alternativa adotada pelo Brasil, segundo Amorim, é falar "discretamente" com o governo cubano sobre esses temas e evitar as condenações públicas, que "não têm efeito prático". Para ele, a mudança na orientação política de Havana será produto do desenvolvimento econômico e do bem-estar da população. A melhor contribuição do Brasil, disse, será o aumento do investimento e a realização de obras de infraestrutura. "Essas condições melhores para o povo cubano trarão, naturalmente, melhora nos aspectos políticos de Cuba."
EXPLICAÇÕES
Celso Amorim Chanceler brasileiro "O Brasil não pode sair dando apoio a tudo quanto é dissidente no mundo. Isso não é (nosso) papel"
"Se alguém está interessado em uma evolução política em Cuba, eu tenho a receita rápida: acabe com o embargo. Isso vai trazer grandes mudanças em Cuba"
"Essas condições melhores para o povo cubano trarão, naturalmente, melhora nos aspectos políticos de Cuba"
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Última actualización el Jueves, 11 de Marzo de 2010 10:59 |
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Jueves, 25 de Febrero de 2010 10:27 |
VISITA OFUSCADA
Morte de dissidente político coincidiu com passagem do presidente brasileiro pela ilha comunista

O momento da viagem não poderia ter sido pior para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A morte na prisão do dissidente Orlando Zapata, terça-feira, após uma greve de fome de 85 dias, ofuscou ontem a visita de Lula a Cuba – e constrangeu o líder brasileiro, ao obrigá-lo a ouvir muitas perguntas sobre o incidente e a situação dos direitos humanos na ilha comunista.
Um operário de 42 anos, Zapata era considerado um “prisioneiro de consciência” pela entidade de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional e deu início à greve de fome em dezembro, para protestar contra as condições do sistema carcerário cubano. Ele foi condenado a três anos de prisão em 2003, em um processo paralelo ao que levou outros 75 dissidentes (53 dos quais ainda estão detidos em Cuba) a receber penas de até 28 anos. Mas, depois, sua sentença foi ampliada para 25 anos e seis meses de reclusão.
A morte de Zapata desatou uma série de protestos e críticas fora de Cuba e uma onda de repressão dentro do país. A mãe do dissidente, Reina Luisa Tamayo, acusou a ditadura de Raúl Castro de “assassinato premeditado” e pediu ao mundo que exija a libertação dos outros prisioneiros políticos. Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), pelo menos 25 pessoas foram detidas na ilha para evitar manifestações. Algumas fontes da oposição cubana falam em até 50 prisões. Os presos políticos em Cuba seriam hoje mais de 200.
A denúncia de Reina foi feita em uma entrevista ao blog Geração Y, de Yoani Sánchez, blogueira que ficou mundialmente conhecida por descrever o duro cotidiano da população da ilha sob o regime dos irmãos Castro. Segundo a mãe do dissidente, seu filho também foi torturado na cadeia. Em visita junto com Raúl Castro ao porto de Mariel – que será reformado pela construtora brasileira Odebrecht e funcionará, no futuro, como terminal de contêineres –, Lula esquivou-se de fazer qualquer comentário sobre a morte de Zapata. Disse apenas que não recebeu uma carta na qual grupos de direitos humanos pediam uma reunião com o presidente brasileiro. Raúl Castro, por sua vez, lamentou a morte do ativista – e responsabilizou os Estados Unidos. Ele disse que a prisão de Zapata seria resultado da relação conturbada entre EUA e Cuba.
– Perdemos milhares de cubanos, vítimas de terrorismo de Estado. Entre mortos, feridos e mutilados são por volta de 5 mil deles, como consequência dessa luta que temos com os Estados Unidos – afirmou.
Depois de passar pelo porto de Mariel, Lula visitou ontem o ex-presidente cubano Fidel Castro, 83 anos, afastado do poder desde julho de 2006 devido a problemas de saúde. De acordo com assessores do Palácio do Planalto, a reunião durou mais de uma hora, e o líder brasileiro encontrou Fidel “recuperado” e “excepcionalmente bem”. Segundo os assessores do Planalto, a situação de Fidel hoje é muito diferente da de outubro de 2008, quando Lula o visitou em um clínica.
Havana |
Última actualización el Jueves, 25 de Febrero de 2010 10:32 |
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Israel ante Lula, critica Brasil por Irã |
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Martes, 16 de Marzo de 2010 11:50 |
Situação e oposição se uniram no parlamento para dizer que presidente brasileiro não pode legitimar o regime dos aiatolás
Uma primeira proeza o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já conseguiu em sua viagem ao Oriente Médio: uniu oposição e situação ontem na Knesset (o parlamento de Israel) para pressioná-lo a abandonar a política de aproximação com o Irã. Os israelenses pediram, durante sessão especial no Legislativo, que o presidente brasileiro defenda novas sanções contra Teerã.
A sessão ocorreu para homenagear Lula. E, na presença do brasileiro, o presidente do parlamento, Reuven Rivlin, advertiu que “os países devem acordar da sonolência e enfrentar as bases satânicas do regime dos aiatolás”.
– Peço a você: una-se aos países que já reconheceram esse perigo e apoie as sanções. Ser contra as sanções pode ser visto como um sinal de fraqueza diante de líderes como esses, que não têm freios. A história mostra, Deus nos livre, o que pode acontecer se não tomarmos medidas contra essas ameaças iranianas – afirmou Rivlin.
O apelo foi reforçado a Lula pelo próprio primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que insistiu na adesão do Brasil a uma “frente moral” para evitar a ameaça iraniana.
– Peço e espero que o Brasil apoie a frente internacional que está se cristalizando contra o armamentismo do Irã. Eles têm valores diferentes dos nossos e usam da crueldade. Eles adoram a morte, e vocês, brasileiros, adoram a vida – disse ele.
A líder da oposição na Knesset, Tzipi Livni, defendeu o isolamento do Irã, pela aplicação de sanções, e sua expulsão das Nações Unidas, uma vez que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, prega a eliminação de Israel. Livni, que foi chanceler de Israel entre 2006 e 2009, afirmou que o Irã se aproveita da aproximação com a América Latina para driblar o isolamento.
– O Brasil não pode dar legitimidade ao Irã. É preciso uma decisão enérgica e corajosa agora – afirmou.
Lula defende Estado palestino
Em seu discurso, Lula não chegou a mencionar a palavra Irã, país que deve visitar em maio. Acentuou que a América Latina firmou um tratado que tornou a região livre de armas nucleares e que o Brasil adota a proibição constitucional à produção e ao uso de armamento atômico.
– Gostaríamos que o exemplo de nosso continente pudesse ser seguido em outras partes do mundo – afirmou.
Como era esperado, Lula defendeu a intermediação brasileira para as negociações de paz e a criação de um Estado palestino ao lado de Israel:
– Defendemos a existência um Estado de Israel soberano, seguro e pacífico. Ele deverá conviver com um Estado palestino igualmente soberano, seguro e pacífico.
Lula fez referência a iniciativas de paz que superem tradicionais caminhos diplomáticos, defendeu a “ampliação de interlocutores” nas negociações – o Brasil se oferece como mediador – e até apelou para a compaixão:
– Ninguém pode ficar insensível. Para resolver situações, é necessário construir alternativas racionais e duradouras. Mas não é suficiente colocar apenas a cabeça para funcionar, é preciso que o coração esteja presente, é fundamental a compaixão.
Já reagindo ao anúncio do governo israelense de que não suspenderá as construções em Jerusalém Leste (veja reportagem nesta página), Lula disse que a iniciativa gera um “impasse” que agrava as condições de vida nos Territórios Palestinos, “alimenta o fundamentalismo de todos os lados e coloca no horizonte conflitos ainda mais sangrentos”. Os parlamentares israelenses aplaudiram Lula de pé.
Hoje, Lula visita o Museu do Holocausto e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
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Última actualización el Martes, 16 de Marzo de 2010 12:17 |
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Sábado, 06 de Marzo de 2010 10:42 |
Gostaria que Havana não voltasse a ser a capital dos casinos de Miami. Mas que ninguém me peça em troca a defesa de um regime que oprime.
Não há muitos anos, um amigo em viagem por Cuba enviou-me para casa o Granma. Ainda aqui o tenho, mas já não sei onde pára. Na altura pareceu-me mais magro do que julgava. Parte considerável da edição era ocupada com a transcrição de um discurso de Fidel Castro e notícias sobre realizações do regime. Não sei se foi aí que percebi o que era viver num regime sem liberdade. Mas lembro-me de desdenhar a partir de então dos discursos que sistematicamente usam os direitos económicos e sociais para justificar os limites às liberdades políticas.
No momento em que escrevo, Guillermo Fariñas aproxima-se do seu décimo dia em greve de fome. Apesar dos apelos continuados da família, dos amigos e de grupos de dissidentes, Fariñas parece apostado em levar por diante esta forma extrema de luta , exigindo a libertação de 26 presos políticos que se encontram doentes. Enquanto isso, o Embaixador de Cuba em Portugal já veio esclarecer que a culpa é das vítimas e da "contrarrevolução cubana" . Vá lá, não se lembrou dos comunistas.
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Última actualización el Sábado, 06 de Marzo de 2010 10:47 |
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