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Notícias: Brasil
Os crimes (ocultos) da guerrilha na Guatemala PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Lunes, 13 de Mayo de 2013 08:40


GUATEMALA-JUSTICE-HUMAN RIGTHS-RIOS MONTT

A sentença de 80 anos de prisão para Efraín Rios Montt conta apenas com 50% da verdade neste país centro-americano. O Estado guatemalteco, durante o regime liderado pelos militares (1963-86), cometeu excessos e amparou massacres que tiveram sua contraparte, quase sempre esquecida, nas matanças cometidas pela guerrilha.

(Especial para Infolatam por Rogelio Núñez)- Não importa se houve 250 mil mortos (como sustenta a guerrilha e a “história oficial”) ou se foram em torno de 37 mil, como asseguram estudos acadêmicos como o de Carlos Sabino, o que está claro é que houve mortes, atentados, excessos e massacres por ambas as partes.

Os crimes da guerrilha

Por exemplo, neste mesmo mês de maio foi preso na capital Fermín Solano Barillas, que durante a guerra utilizou o pseudônimo de “Subteniente David”. Pertencia à Organização Revolucionária do Povo em Armas (ORPA), um dos quatro agrupamentos que integraram a guerrilheira Unidade Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG).

 

Efraín Rios Montt foi presidente depois do golpe de estado de 1982

Consideram-no vinculado ao denominado “masacre de El Aguacate”, perpetrado no dia 24 de novembro de 1988 por uma dezena de guerrilheiros da “frente Javier Tambriz” da ORPA.

Ao comando do “Subteniente David” assassinaram 21 camponeses da aldeia El Aguacate, no departamento de Chimaltenango, segundo a acusação.

Um dia antes, o mesmo grupo guerrilheiro assassinou um “comissionado militar”, como se chamava então aos civis que colaboravam com o Exército, quem supostamente tinha descoberto um esconderijo com armas.

Os antigos comandantes da ORPA reconheceram sua responsabilidade nessa matança ante a Comissão para o Esclarecimento Histórico das Nações Unidas, que na década de 1990 investigou as violações aos direitos humanos cometidas durante a guerra.

A denúncia por essa matança, a primeira que prospera contra um antigo grupo guerrilheiro, foi apresentada ante a Promotoria em fevereiro do ano passado pelo humanitário Grupo de Apoio Mútuo (GAM), que considera responsáveis três ex-comandantes rebeldes.

Que a guerrilha cometeu crimes é algo que a ninguém duvida na Guatemala, que se desconhece no resto do mundo e que no país centro-americano se costuma esconder.

 

A guerrrilha guatemalteca nos anos 80

Nos anos 90, a famosa revista Crónica, que agora pode ser acessada inteira em um site criado pela Universidad Francisco Marroquín, intitulava um de seus números, de agosto de 1997, “Os Crimes da Guerrilha“.

A revista, dirigida por Francisco Pérez de Antón, recordava então, a um ano da assinatura dos acordos de paz de 1996, como a guerrilha teria participado, tirando por baixo, em 6 matanças com mais de 250 pessoas assassinadas.

Ocorreu, por exemplo, em Barillas (Huehuetenango em 1980), nas aldeias de Calapté, Chacalté e na de Salacuín em 1982,  além da do Aguacate em 1989.

Como recorda Raúl Figueroa Sarti em seu blog: “levando em conta todos os antecedentes da investigação, a CEH chegou à plena conclusão de que 55 pessoas civis e indefesas, entre mulheres, idosos e crianças da comunidade de Chacalté, foram executadas arbitrariamente por membros do EGP pertencentes à Frente Ho Chi Minh. Este massacre constitui uma grave violação aos princípios comuns do Direito Internacional dos Direitos Humanos e do Direito Internacional Humanitário”.

Atentados e sequestros

 

Assassinato de John Gordon Mein, embaixador do Reino Unido

Ainda assim, desde os anos 70, a guerrilha respondeu à repressão estatal com atos terroristas (desde assassinatos como o do dirigente Mario López Villatoro, em 1969, ao do empresário Alberto Habie, em 1980, ou Alicia Chinchilla, em 1992).

Por conseguinte, é evidente que “durante 36 anos -como assegurava a revista Crónica em 1997- os civis foram as principais vítimas do Exército e das organizações que integraram a Unidade Revolucionária Nacional Guatemalteca”.

Assim mesmo, as diferentes facções da URNG foram ao sequestro para financiar-se e provocar terror.

Cerca de 68 pessoas teriam sido “plagiadas” nos anos de conflito interno, entre os anos 60 e 1996. Quatro desses sequestros acabaram em assassinatos, como foram os casos de Luis Ibargüen e Luis Canella, importantes empresários guatemaltecos.

Igualmente, foram assassinados o embaixador dos EUA, John Gordon Mein, e o da Alemanha, Karl von Spreti, em 1968.

Como recordou há alguns anos Danilo Parrinello, no jornal El Periódico, “o embaixador alemão que apresentava um tiro na cabeça. Esta execução arbitrária foi perpetrada pelos membros das FAR .“Nenhuma circunstância outorga justificativa jurídica ou ética a este crime” (Comissão para o Estabelecimento Histórico). “ A CEH considera que o fato ilustra a utilização que a guerrilha fez de pessoas inocentes, como o embaixador Von Spreti, a quem se converteu, desde o momento mesmo de seu sequestro, em vítima propiciatória de um jogo de medida de forças e políticas, com total desprezo ao direito à vida”.

E este autor conclui: “Agora eu me pergunto, o presidente Colom, tão propenso a pedir perdão e ressarcir economicamente, pedirá perdão à viúva e aos filhos do embaixador Von Spreti? Porque assassinaram terroristas. Escrevo isto pára que os jovens que só tiveram acesso a uma face da moeda saibam que houve crimes da guerrilha sem justificativa alguma”.

 

Karl von Spreti, diplomata sequestrado e assassinado pela guerrilha

Os sequestros continuaram até o final da guerrilha em 1996.

Juan José Cabrera, alias “Mincho”, um guerrilheiro guatemalteco da Organização do Povo em Armas (ORPA) participou do sequestro da idosa milionária Olga Novella, depois trocada pelo governo pelo comandante da ORPA “Isaías” (pseudônimo do médico Rafael Baldizón), libertado e expulso do país.

Alguns estão empenhados em contar a história da Guatemala em branco (a guerrilha) e preto (um estado dominado pelo exército que buscava exterminar os indígenas).

Para uns, como John Carlin no jornal El País, os maus estão apenas de um lado (“o álibi de Rios Montt evidentemente não teve muito impacto sobre o tribunal, que o condenou a passar os poucos anos de vida que lhe restam (tem 86) apodrecendo no cárcere. Eu comemoro isso. Como também celebrei que um dia depois de minha entrevista com ele, foi derrocado em outro golpe militar. A pena foi que os que o tiraram do poder foram, como Rios Montt e seus correligionários, outro grupo de palhaços assassinos”).

Mas, por desgraça, para os que não desejam fazer um esforço intelectual para entender a realidade, a História, e as histórias, são bem mais complexas. A divisão de bons e maus em 50% só ocorre nos filmes e na mentalidades dos que não traspassaram a infância intelectual.

Como a revista Crónica começava, em 1997, sua reportagem, não há que esquecer que, acima de tudo, “a guerra foi suja” e foi por ambas as partes.

Tomado de INFOLATAM

Traduzido por Infolatam

 
Venezuela/Brasil: Maduro consegue investimentos e respaldo político de Dilma PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 11 de Mayo de 2013 09:58

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu nesta quinta-feira um pleno respaldo político da presidente Dilma Rousseff, além da promessa de apoio para fazer de seu país uma “potência exportadora de alimentos”.

A visita à Brasília foi a última escala da viagem que Maduro empreendeu à Argentina, Uruguai e Brasil em meio à séria crise política que vive seu país após as eleições do último dia 14 de abril, cujos resultados ainda não foram reconhecidos pela oposição.

Apesar da polêmica, Dilma recebeu Maduro no Palácio do Planalto com honras militares e outras reservadas para visitas de Estado, apesar de o protocolo ter qualificado o encontro como “de trabalho”.

Após uma reunião de quase três horas, os dois líderes fizeram uma declaração perante a imprensa, na qual Dilma considerou que a vitória eleitoral de Maduro representa “uma oportunidade para manter o nível de relação que o Brasil manteve com o presidente Hugo Chávez“, falecido no último dia 5 de março.

Maduro agradeceu o respaldo político do Brasil e exaltou o sistema eleitoral venezuelano, que voltou a classificar como “um dos mais seguros do mundo” e desqualificou assim a oposição liderada por Henrique Capriles, à qual não fez nenhuma alusão.

O novo líder bolivariano, que insistiu na lembrança de Chávez e sua amizade com o Brasil, anunciou também que durante a reunião com Dilma foram assinados acordos para a instalação na Venezuela de fábricas de adubos e de coque verde.

A fábrica de coque verde será um projeto da petroquímica Braskem e estará destinada à exportação deste combustível ao Brasil, disse Maduro em um pronunciamento à imprensa ao lado de Dilma.

A construtora Odebretch será responsável pela outra fábrica, que terá capacidade para processar 1,5 toneladas de ureia, uma quantidade que permitirá à Venezuela dar um “salto gigantesco” no setor dos adubos, nas palavras de Maduro.

O presidente venezuelano assegurou que esses investimentos, que não foram quantificados, abrirão o caminho rumo a uma “revolução agroalimentar” que fará do país caribenho uma “potência exportadora de alimentos”, que hoje escasseiam.

Também pediu, e obteve de Dilma, “mais apoio” do Brasil para adotar técnicas de planejamento, de desenvolvimento de cultivos e de irrigação, entre outras, para melhorar a produção agrícola do país, que, segundo ele, “sofreu uma amputação de sua cultura agrícola” por “culpa” do petróleo.

Por sua parte, Dilma manifestou sua disposição de expandir as relações e de buscar “mais equilíbrio” na troca comercial, que no ano passado chegou a US$ 6,05 bilhões, mas com uma balança amplamente favorável ao Brasil.

Além disso, reiterou seu compromisso em consolidar a colaboração em projetos existentes nas áreas de petróleo, eletricidade, agricultura e habitação, e assegurou que discutiram trabalhar em outros setores como provisão energética, abastecimento e segurança alimentar.

Nesse sentido, o assessor especial para assuntos internacionais da presidência, Marco Aurélio Garcia, explicou a jornalistas que o Brasil enviará à Venezuela um grupo de técnicos em energia, a fim de ajudar a pôr fim aos constantes blecautes no país.

García não comentou se esses problemas se devem às “sabotagens” mencionadas pelo governo venezuelano, mas considerou que pode haver problemas de equipamentos e “manutenção”, nos quais poderiam cooperar os técnicos brasileiros.

No plano político, Dilma considerou “histórico” o fato de a Venezuela assumir a presidência temporária do Mercosul no segundo semestre deste ano.

A incorporação da Venezuela ao bloco regional “permitirá viver um segundo ciclo de expansão e de integração de cadeias produtivas” que beneficiará principalmente o norte e o nordeste do Brasil e o sul venezuelano, declarou Dilma.

Os líderes também analisaram a situação do Mercosul e o possível retorno do Paraguai ao bloco após as eleições do último dia 21 de abril, vencidas por Horacio Cartes, do Partido Colorado.

Segundo García, as eleições facilitam o retorno do país ao bloco, mas uma solução definitiva só será alcançada uma vez que Cartes assuma o poder, em agosto, e já com a Venezuela na presidência do Mercosul.

Durante sua estadia em Brasília, Maduro também conversou em particular com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, após sua reunião com Dilma, participou de um encontro com intelectuais e representantes de movimentos sociais que a imprensa não pôde acompanhar.

Tomado de INFOLATAM/EFE

 
Primeira mulher na lista de terroristas dos EUA vive em Cuba PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Viernes, 03 de Mayo de 2013 08:48

Pela primeira vez, uma mulher figura na lista dos terroristas mais procurados pela polícia federal dos Estados Unidos. O FBI anunciou nesta quinta-feira que a americana Joanne Chesimard, foragida após ser condenada por assassinato, assalto e agressão, foi incluída na relação dos fugitivos mais perigosos. A recompensa para quem der informações sobre seu paradeiro foi dobrada – passou de US$ 1 milhão para US$ 2 milhões.

Na lista dos terroristas mais procurados disponível no site do FBI constam 32 nomes. Quase todos são de origem árabe acusados de envolvimento com organizações terroristas como a Al-Qaeda ou o Hezbollah.

Joanne Chesimard é procurada por fugir da prisão em Clinton, Nova Jersey, quando cumpria pena de prisão perpétua por homicídio. Em 2 de maio de 1973, Chesimard, que fazia parte de uma organização extremista revolucionária conhecido como o Exército de Libertação Negra, e dois cúmplices foram parados após cometer uma infração de trânsito em Nova Jersey.

Na época, Chesimard era procurada por envolvimento em vários crimes, incluindo assalto a banco. Ela e seus cúmplices abriram fogo contra os policiais. Um agente ficou ferido e outro foi baleado e morreu. Chesimard fugiu do local, mas foi posteriormente capturada. Um de seus cúmplices foi morto na troca de tiros e o outro também foi apreendido e permanece na cadeia.

Em 1977, ela foi considerada culpada por assassinato, assalto e agressão de um policial. Ela foi condenada à prisão perpétua. Em 2 de novembro de 1979, Chesimard fugiu da prisão e foi localizada em Cuba, em 1984. As autoridades acreditam que, atualmente, ela ainda vive em Cuba.

Tomado de INFOLATAM/PORTAL TERRA

Última actualización el Lunes, 06 de Mayo de 2013 12:56
 
Yoani Sánchez e a falta de democracia em Cuba PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Sábado, 11 de Mayo de 2013 10:26
Por Cecília Toledo.-
O regime totalitário de Cuba foi mais uma vez exposto em carne viva durante a passagem pelo Brasil da jornalista cubana Yoani Sánchez, conhecida por manter o blog Geração Y no qual faz críticas ao regime castrista por causa do cerceamento das liberdades democráticas no país.
Onde ela esteve, foi recebida com manifestações de repúdio por parte de membros do PCdoB, que a acusavam de “atacar o socialismo de Cuba”. No entanto, por mais agressivas que fossem as manifestações, elas não conseguiram encobrir a verdade que salta aos olhos de todos: em Cuba o povo não goza de liberdades democráticas. Foi o que Yoani respondeu aos manifestantes, não sem uma ponta de ironia: “gostaria que em meu país essas manifestações também fossem permitidas”.
A censura, a pena de morte, as detenções arbitrárias, a proibição ao direito de ir e vir, são algumas das regras existentes em Cuba e que, por mais que o PCdoB não goste, dão razão a Yoani. Ela vinha tentando deixar a ilha desde 2008 sem conseguir. Como ela, várias pessoas eram impedidas de viajar para fora de Cuba. Depois de muita pressão, o governo de Raúl Castro acabou por sancionar a nova Lei de Migração no dia 14 de fevereiro, simplificando os trâmites para viajar ao exterior. Beneficiada por essa lei, Yoani pode finalmente embarcar para o Brasil no dia 18.

O PCdoB, representado pela UJS (União da Juventude Socialista), que apoia o regime castrista, tentou calar Yaoni com vaias e gritos, apresentando-se como defensor da revolução cubana versus Yoani, a defensora da democracia burguesa. Mas não existe tal revolução cubana. Se Cuba fosse um país socialista, como dizem os militantes do PCdoB, realmente deveríamos defendê-la. Mas se fosse assim, não teria tanta gente descontente com o regime e haveria liberdade de expressão, um dos requisitos básicos de um país socialista.

Há muito a revolução cubana retrocedeu, e o que existe em Cuba é uma ditadura. O governo castrista destruiu as bases do socialismo e restaurou o sistema capitalista. A enorme dissidência que existe na ilha, e que vem crescendo a cada dia, se deve justamente à economia de mercado, ao enorme desemprego, baixos salários, à miséria crescente que gera grande descontentamento entre a população. O governo culpa o embargo econômico imposto pelos EUA, mas na prática esse embargo já foi há muito superado. As transações comerciais entre os dois países são praticamente normais e constantes, além das livres transações com países europeus e o Canadá, mas o governo de Cuba continua agitando a bandeira do embargo para justificar a enorme crise econômica na qual submergiu o país.
Para controlar a situação, o governo mantém um regime totalitário que pisoteia os direitos humanos mais elementares, reprimindo qualquer tipo de crítica e acusando os dissidentes de serem “contrarrevolucionários”. É isso o que permite que surjam as Yoani - toda ditadura gera os democratas -, e enquanto se diz defensor do socialismo, o que o PCdoB está defendendo de fato é um regime totalitário, da mesma forma como defende a ditadura de Assad, na Síria, que o povo em guerra está tentando derrubar.

O que vem gerando descontentamento em Cuba não é o socialismo, como apregoam o imperialismo e os gusanos, porque este já não existe. O que gera descontentamento é a miséria causada pelo capitalismo restaurado, que trouxe de volta as mazelas que os cubanos suportavam no governo Batista contra as quais fizeram a revolução de 59. A insistência do PCdoB em continuar afirmando que Cuba é um país socialista não ajuda o povo cubano, mas justamente seus maiores inimigos, o imperialismo americano. Porque, ao identificar o socialismo com a miséria em que Cuba está submersa e a violação dos direitos humanos, alimentam a propaganda contrarrevolucionária e antissocialista. E o pior: fazem com que a classe trabalhadora do mundo inteiro repudie o socialismo ao invés de lutar por ele.

Uma viagem ao país do medo
Basta uma viagem a Cuba para verificar, in loco, que aquilo que o PCdoB defende não é uma revolução socialista, mas uma ditadura ferrenha e cruel. Em uma visita à Ilha em 2010, pude sentir na pele essa realidade. Aquela festa toda à qual nos acostumamos a ver nas fotos e documentários sobre a revolução cubana de 1959 há muito não existe. Cuba virou o país do medo. Durante dias e dias andei pelas ruas de Havana e não vi apenas o capitalismo, a miséria, o abandono, mas também a falta total de apoio por parte da população ao governo. Na universidade, entre os estudantes, nos bares e lanchonetes, na famosa Casa de las Américas, na sorveteria mais frequentada de Havana, a Cornélia, não encontrei uma só pessoa que falasse bem do governo. Em troca, vi centenas de policiais por todos os lados, um em cada esquina, típico de um país militarizado.

Pude sentir cara a cara o medo das pessoas, um medo velado, e a desconfiança em relação a todos os estrangeiros que fazem perguntas, que buscam conhecer o país. Ninguém se sente à vontade para falar de Cuba, para fazer suas críticas abertamente. Como se todo mundo se sentisse perseguido. O único jornal que circula livremente é o Granma, órgão do Partido Comunista Cubano, em cujas páginas só existem artigos elogiando o governo.  Rádio e televisão são praticamente inexistentes. Assim, quem quer se informar, é obrigado a ver o mundo através do Granma. O jornal é distribuído gratuitamente, mas em cada esquina tem um mendigo oferecendo o jornal em troca de alguns pesos para poder comer.

O silêncio de Dilma
Aqui no Brasil, o PCdoB faz a sua parte para manter essa ditadura. Como integrante do governo Dilma, o PCdoB é corresponsável pelo silêncio do governo brasileiro diante das violações dos direitos humanos em Cuba. Lançando mão do mesmo argumento de todos os governos burgueses, de que não pode se intrometer nos assuntos internos de outros países, Dilma tem virado as costas para o que ocorre na ilha. Faz isso justamente para não colocar em risco o acordo que tem como o PCdoB, que faz parte da Frente Popular, bem como as boas relações que mantém com o governo cubano. Inclusive o governo brasileiro vem investindo capital em Cuba, sendo que no momento está ampliando um porto a 40 quilômetros de Havana, o Porto de Mariel, no qual injetará US$ 950 milhões. Cerca de 70% dos recursos necessários para o empreendimento sairão dos cofres do BNDES (Fonte: O Estado de S. Paulo, 2/13).

Com isso, o PT, que diz defender os direitos humanos, torna-se conivente com um regime que os pisoteia, onde não há liberdade de expressão, onde a mínima crítica ao regime é motivo para prisão arbitrária, onde presos políticos são obrigados a fazer greve de fome durante meses para serem ouvidos pelas autoridades. A Anistia Internacional revelou no ano passado que o número de prisões políticas cresceu na ilha nos últimos dois anos. O levantamento inclui políticos dissidentes, ativistas de direitos humanos, jornalistas e blogueiros em todo o país. "Após a liberação em massa de prisioneiros políticos em 2011, as autoridades mudaram sua estratégia para silenciar os dissidentes, assediando ativistas e jornalistas com prisões curtas e atos públicos de repúdio", afirmou Gerardo Ducos, pesquisador cubano da Anistia Internacional. A entidade de direitos humanos afirma que as autoridades cubanas não toleram críticas a políticas do governo e denunciam o uso de leis de "desordem pública", "periculosidade" e "desrespeito" para perseguir presos políticos. Dentre as violações estão incluídas a prisão de 65 jornalistas desde março de 2011, alguns deles de forma repetida. Um dos exemplos é o jornalista José Alberto Álvarez Bravo, de Havana, que foi detido 15 vezes, uma a cada 15 dias. (Fonte: Folha de S. Paulo, 3/12)

O que a visita de Yoani trouxe à tona, mais uma vez, é que em Cuba as massas, que festejaram até mais não poder a gloriosa revolução de 1959 que jogou por terra anos de sofrimento sob a ditadura de Batista, hoje vivem sob o tacão de ferro de outra ditadura, a dos Castro, contra a qual ninguém pode abrir a boca sem ser acusado de “contrarrevolucionário” e jogado numa prisão. Ao tentar calar a boca de Yoani, o que o PCdoB está tentando ocultar é aquilo que já não dá mais para esconder: que o regime cubano não é um regime que se sustenta com o apoio das massas, mas com força de uma ditadura, a única que ainda sobrevive em todo o continente americano.

Qui, 28 de Fevereiro de 2013 01:19
Tomado de LITCI.ORG
 
Odebrecht ganha batalha contra lei anti-Cuba na Flórida PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 08 de Mayo de 2013 08:46

Infolatam/EFE.-

Um tribunal de apelações ratificou a decisão de um juiz da Flórida que havia invalidado a entrada em vigor de uma lei que proibia os órgãos públicos do estado de assinar contratos que empresas que fazem negócios com Cuba.

A decisão beneficia a filial nos EUA da Odebrecht, que tinha entrado na justiça contra dita lei e que hoje disse estar “muito satisfeita” com a decisão.

Esta lei ”entra diretamente em conflito com o regime federal de sanções contra Cuba promulgadas pelo Legislativo e Executivo durante 50 anos”, concluíram os três juízes do Tribunal de Apelações.

A lei, que foi promulgada em maio de 2012 e deveria entrar em vigor no próximo mês, proibia os órgãos públicos locais e estaduais de assinarem contratos com companhias que fazem negócios com Cuba.

O governador da Flórida, Rick Scott, tinha recorrido da decisão de um magistrado contrário à lei promulgada.

“A Odebrecht EUA se sente muito satisfeita com a decisão do tribunal e o acordo deste com a nossa posição legal”, afirmou em comunicado a filial da multinacional brasileira, que realiza grandes projetos de infraestruturas na Flórida.

A empresa expressou seu “orgulho” por um “histórico de 21 anos de atividades e envolvimento no condado de Miami-Dade e Flórida” e assegurou que continuará “defendendo” seu direito de “servir este estado e seus Governos locais”.

A Odebrecht USA processou o Departamento do Transporte da Flórida depois que foi impedida de participar de uma licitação pública, avaliada em US$ 3,3 bilhões, que inclui a construção de rodovias e uma extensão do metrô do aeroporto de Miami.

A lei proibia às entidades públicas da Flórida a adjudicação de contratos no valor de pelo menos um milhão de dólares, o que afetava a multinacional brasileira, um gigante em engenharia, construção, petroquímica e energia que opera em 20 de países, entre eles Cuba.

O marco legal, aprovado pela Assembleia Legislativa da Flórida com a maioria dos votos, tinha sido criticado por organizações empresariais do estado.

Seguiremos adiante com nosso “compromisso de cumprir com a lei local, estadual e federal e nossa dedicação para trabalhar com nossos parceiros para fornecer o valioso serviço a cada um de nossos clientes”, ressaltou Odebrecht EUA.

Tomado de INFOLATAM/EFE

 
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