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Artigos: Brasil
O exército cubano PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Jueves, 13 de Marzo de 2014 08:59

Editorial de O'ESTADÃO.-

O governo anunciou, com espantosa naturalidade, que mais 4 mil cubanos virão ao Brasil para integrar o programa Mais Médicos. Com isso, o exército de profissionais exportados pela ditadura castrista para servirem como peça de propaganda eleitoral petista - e serem despudoradamente explorados como mão de obra de segunda classe - chegará a 11.400, maioria absoluta entre os 14.900 médicos do programa.

Ante a pressão do Ministério Público do Trabalho, que está investigando a situação desses cubanos, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou que esses profissionais terão um "aumento" em sua remuneração, de cerca de R$ 900 para R$ 3.000 mensais. No entanto, a maior parte da diferença, cerca de R$ 1.400, é justamente o valor que o governo cubano sequestrava do salário desses médicos e depositava em uma conta na ilha em nome deles. Ou seja: o tal "reajuste" nada mais é do que o dinheiro que já era pago aos médicos, mas que só poderia ser usado quando voltassem para casa. Portanto, a situação desses profissionais não mudou nada - eles continuam a ser discriminados.

Por esse contrato, o salário dos cubanos é muito inferior aos mais de R$ 10 mil pagos a médicos de outras nacionalidades que participam do programa. Em vez de entregar o dinheiro diretamente aos médicos cubanos, como faz com os demais profissionais, o governo envia os R$ 10 mil por médico à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que entrega o dinheiro a uma empresa de Cuba, e é essa empresa que remunera os profissionais cubanos - com apenas uma fração do valor original. A ditadura castrista embolsa o resto - e Chioro disse não saber o que é feito com esse dinheiro do contribuinte brasileiro, cujo total passará de R$ 900 milhões.

Chioro disse que esse modelo de contrato é igual ao estabelecido com os demais países que recebem médicos cubanos. Mas o Jornal Nacional (27/2) mostrou que isso não é verdade. Ao pesquisar a situação na França, no Chile e na Itália - países indicados pelo Ministério da Saúde como exemplos -, a reportagem mostrou que, nos dois primeiros casos, os médicos cubanos recebem o salário integral. Já a Itália nem sequer contrata médicos cubanos.

Segundo o Jornal Nacional, a Opas admitiu que o contrato aplicado no Brasil não tem equivalente no mundo. Revelado pela cubana Ramona Rodríguez, que desistiu do programa ao saber que receberia muito menos que seus colegas de outras nacionalidades, o tal compromisso é draconiano - o profissional, por exemplo, não pode receber nem sequer visitas sem avisar à "Brigada Médica cubana", nome fantasia para os agentes do governo castrista.

Quem fornece o serviço dos médicos é uma empresa chamada "Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos S.A.". Os contratados são devidamente advertidos de que terão de guardar "estrita confidencialidade" a respeito dos termos do documento e que, caso se neguem a retornar a Cuba, serão considerados desligados do programa e estarão submetidos à legislação brasileira, que veda o exercício da medicina a estrangeiros que não revalidem seu diploma.

Do ponto de vista trabalhista, o truque é qualificar o trabalho dos médicos como "intercâmbio acadêmico", o que não cria vínculo empregatício. Mas em direito trabalhista existe o princípio da primazia da realidade, em que os fatos se impõem sobre o que está escrito - e a realidade é que os "intercambistas" cubanos nada mais são do que profissionais sub-remunerados. Ademais, o próprio contrato que esses médicos tiveram de assinar os qualifica como "profissionais de saúde", e não como estudantes.

Que o Mais Médicos é eleitoreiro, já não resta a menor dúvida. Em vez de investir na melhoria global da saúde, o governo preferiu o truque de importar milhares de médicos para enviá-los aos confins do País, sem lhes fornecer a infraestrutura necessária para um atendimento eficaz. Nada justifica o descarado atropelo das leis trabalhistas, cujo objetivo é não apenas sustentar a demagogia do governo, mas também - e talvez principalmente - financiar a ditadura cubana.

Tomado de O'ESTADÃO

 
Brasil: Diplomacia inerte PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Domingo, 02 de Marzo de 2014 14:27

Por Fernando Henrique Cardoso.-

O Brasil, timidamente, se encolhe enquanto o partido da Presidente apoia o governo venezuelano, sem qualquer ressalva às mortes, aprisionamento de oposicionistas e cortinas de fumaça que querem fazer crer que o perigo vem de fora e não das péssimas condições em que vive o povo venezuelano...

Domingo de Carnaval, convenhamos, não é o melhor dia para ler artigo sobre política internacional. Mas, que fazer? Coincidiu que o dia de minha coluna fosse hoje e não tenho jeito nem vontade de escrever sobre as alegrias de Momo. Por mais que nos anestesiemos no Carnaval, o meio circundante não alenta alegrias duráveis.

Comecemos do princípio. Acho que houve um erro estratégico desde o governo Lula na avaliação das forças que predominariam no mundo e da posição do Brasil na ordem internacional que se transformava. Não me refiro ao que eu gostaria que ocorresse, mas às tendências que objetivamente se foram configurando. Nossa diplomacia guiou-se pela convicção de que um novo mundo estava nascendo e levou o Presidente, em sua natural busca de protagonismo, a ser o arauto dos novos tempos. A convicção implícita era a de que pós- Muro de Berlim, depois de breve período de quase hegemonia dos Estados Unidos, pregada pelos seus teóricos do neo-conservadorismo, e da coorte de equívocos da política externa daquele país (invasão do Iraque, do Afeganistão, isolamento da Rússia, apoio acrítico a Israel em sua política de assentamentos de colonos etc.) e dos desastres provocados por estas atitudes, assistiríamos a uma correção de rumos.

De fato, houve essa correção de rumos, mas a direção esperada pela cúpula da diplomacia brasileira e por setores políticos sob influência de alas antiamericanas do PT era a do “declínio do Ocidente”, com a perda relativa do protagonismo americano e a emergência das forças novas: a China (o que ocorreu), o mundo árabe, em especial os países petroleiros, a África e, naturalmente a América Latina, como parte deste “terceiro mundo” renascido. Esta visão encontra raízes em nossa cultura diplomática desde os tempos da “política externa independente”, de Jânio Quadros, e encontra eco nos sentimentos de boa parte dos brasileiros, inclusive de quem escreve este artigo. Sempre sonhamos com um mundo multipolar no qual “os grandes” tivessem que compartilhar poder e nós, brasileiros, pouco a pouco nos tornássemos parceiros legítimos do grande jogo de poder global.

Contudo, uma coisa é desejar um objetivo, outra é analisar as condições de sua possibilidade e atuar para que, dentro do possível, buscando ampliar seus limites, nos aproximemos do que consideramos o ideal. Nisso é que o governo Lula calculou mal. Se a Europa, sobretudo depois da crise financeira de 2008, perdeu tempo em tomar decisões e está até hoje embrulhada na indefinição sobre até que ponto precisará integrar-se mais (compatibilizando as políticas monetárias com as fiscais), ou voltar, na linguagem de De Gaulle, a ser a “Europa das Pátrias”, nem a China se perdeu nos devaneios maoístas, nem os Estados Unidos no neoconservadorismo que acreditava que a América poderia agir como se fosse uma hiperpotência. Pelo contrário, a China lançou-se às reformas para inverter o pólo investimento/consumo, diminuindo aquele e aumentando este, e os americanos deixaram de lado a ortodoxia monetarista, recalibraram a sua política externa e se jogaram à inovação das fontes de energia. Hoje propõem uma coexistência competitiva, mas pacífica com a China, baseada no comércio, e lançam cordas para que a Europa saia do marasmo e se incorpore aos Estados Unidos, que funcionariam como dobradiça entre a China e a Europa, formando um formidável tripé.

Enquanto isso, o Brasil faz reuniões com países árabes, que não deixam de ter sua importância, propõe negociações sobre o Irã em coordenação com a Turquia (imagine-se se os turcos fariam o mesmo, propondo-se a ajudar o Brasil para resolver o litígio das papeleiras entre Uruguai e Argentina...), abre embaixadas nas mais remotas ilhas para, com o voto de países sem peso na mesa das negociações, chegar ao Conselho de Segurança. Por outro lado, comporta-se timidamente quando a Petrobrás é expropriada pela Bolívia, interfere contra o sentimento popular em Honduras, se abstém de entrar em bolas divididas, como no conflito argentino-uruguaio, além de calar diante de manifestações anti-democráticas quando elas ocorrem nos países de influência “bolivariana”.

Noutros termos: escolhemos parceiros errados, embora, em si mesma a relação Sul/Sul seja desejável, e menosprezamos os atores que estão saindo da crise como principais condutores da agenda global, exceção parcial feita à China (neste caso, não há menosprezo, mas falta de estratégia). Perdemos liderança na América Latina, hoje atravessada pela cunha bolivariana que parte da Venezuela com apoio de Cuba, estende-se acima até a Nicarágua, passa pelo Equador, abaixo, desce direto à Bolívia e chega à Argentina. No outro pólo, se consolida o Arco do Pacífico, englobando Chile, Peru, Colômbia e México e nós ficamos encurralados no Mercosul, sem acordos comerciais bilaterais e, pior, calados diante de tendências anti-democráticas que surgem aqui e ali.

Ainda agora, na crise da Venezuela, é incrível a timidez de nosso governo em fazer o que deve: não digo apoiar este ou aquele lado em que o país rachou, mas pelo menos agir como pacificador, restabelecendo o diálogo entre as partes, salvaguardando os direitos humanos e a cidadania. O Mercosul, desabridamente se põe do lado do governo de Maduro. O Brasil, timidamente, se encolhe enquanto o partido da Presidente apoia o governo venezuelano, sem qualquer ressalva às mortes, aprisionamento de oposicionistas e cortinas de fumaça que querem fazer crer que o perigo vem de fora e não das péssimas condições em que vive o povo venezuelano.

Agindo assim, como esperar que, chegada a hora, a comunidade internacional reconheça os direitos que cremos ter (e de fato poderíamos ter) de tomar assento nas grandes decisões mundiais? Fomos incapazes de agir, ficamos paralisados em nossa área de influência direta. A continuar assim, que contribuição daremos a uma nova ordem global? Chegou a hora de corrigir o rumo. Que a crise venezuelana nos desperte da letargia.

Tomado de EL PAÍS; ESPANHA

 
Dilma Rousseff se posiciona sobre a Venezuela e a Ucrânia PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Martes, 25 de Febrero de 2014 16:56

Por Reinaldo Azevedo.-

A fala indecorosa de Dilma sobre a Venezuela, a Ucrânia, a democracia etc.

A presidente Dilma Rousseff resolveu fazer nesta segunda, em Bruxelas, algumas reflexões sobre a Venezuela e a Ucrânia. Antes tivesse ficado calada. Há momentos em que o silêncio é uma verdadeira poesia. Dilma falou bobagem; sugeriu que, em certas circunstâncias, a ditadura pode ser até tolerável; tentou omitir o óbvio apoio que seu governo dá à Venezuela e evidenciou por que a liderança regional do Brasil é pífia. Sei que é patético e que parece piada, mas Dilma está um tanto a reboque de Nicolás Maduro, o psicopata venezuelano — quando, é evidente, deveria se posicionar como líder da maior economia da América Latina. Uma lástima.

Convidada pelos jornalistas a falar sobre a situação da Venezuela e se o Brasil se dispunha a fazer alguma forma de mediação, a presidente saiu-se com a cascata de que o país latino-americano vive uma situação completamente “díspar” da Ucrânia, onde o Parlamento depôs o presidente Viktor Yanukovich, na sequência de protestos que mataram pelo menos 82 pessoas.

O fantasma da Ucrânia está assombrando alguns tiranetes latino-americanos, daí esse esforço de Dilma para ser a Fada Sininho de Maduro. Deixem-me ver se consigo ser didático. De fato, a situação é diferente: Yanukovich foi eleito num pleito considerado, então, democrático e limpo — à diferença o maluco venezuelano.

A parte, digamos, “europeia” da Ucrânia se revoltou com a tutela econômica e, em certa medida, política que a Rússia exerce no país e foi às ruas, recorrendo — e é bom que isto fique muito claro — a métodos bastante violentos de contestação. Numa reação brutal e estúpida, a polícia foi produzindo cadáveres. E a crise chegou aonde chegou. Mas que se note: a Ucrânia, perto da Venezuela, era um exemplo de democracia.

Então, senhora presidente, não há dúvida de que são situações muito distintas: a Venezuela é uma ditadura.

Indagada sobre o cerceamento à imprensa no país vizinho, Dilma se limitou a exaltar os compromissos do Brasil com a liberdade de expressão, o que absolutamente não estava em questão. O tema era a Venezuela.

Numa declaração que vem a ser o exato oposto da verdade, afirmou: “Eles [a Venezuela] têm uma história. Não cabe ao Brasil discutir o que a Venezuela tem a fazer, até porque seria contra a nossa política externa. Não nos manifestamos sobre a situação interna de nenhum país. Não nos cabe isso.”

Mentira! Quando a pequena Honduras depôs o pilantra Manuel Zelaya, seguindo à risca a sua Constituição, Lula, em companhia de Chávez, chegou a incentivar a guerra civil. Quando, também segundo os rigores da lei, o Paraguai depôs Fernando Lugo, o governo Dilma retaliou suspendendo o país do Mercosul — aproveitando a janela, de forma indecorosa, para abrigar a Venezuela no bloco. Então é falsa a afirmação de que o Brasil não se mete na realidade interna dos outros países. Interfere, sim, quando se trata de proteger seus aliados ideológicos.

Agora mesmo, diante da crise venezuelana, com milícias assassinando pessoas nas ruas, o que disse o governo brasileiro? Afirmou que a sua posição é aquela expressa pelo Mercosul. E o que afirmou o comunicado do bloco, cuja presidência rotativa está com a Venezuela? Chamou os protestos da oposição de “ações criminosas de grupos violentos que querem espalhar a intolerância e o ódio”. Logo, o Brasil está chamando a oposição venezuelana de criminosa. Não se está diante de uma escancarada interferência nos problemas internos de um outro país?

Ainda mais indecoroso
Dilma disse algo ainda mais indecoroso:
“Para o Brasil, é muito importante que se olhe sempre a Venezuela do ponto de vista dos efetivos ganhos que eles tiveram nesse processo em termos de educação e saúde para o seu povo”.

Como é que é?

Ainda que a Venezuela fosse realmente um exemplo a ser seguido nessas duas áreas — é mais uma das mistificações das esquerdas latino-americanas —, o que Dilma está no dizendo é que, para o Brasil, a questão democrática perde importância diante dos tais ganhos sociais. Ora, quem acredita nisso — e acho que a gente não tem por que duvidar da crença de Dilma nessa barbaridade; afinal, ela tem uma história… — está fazendo uma confissão: a presidente da República Federativa do Brasil está afirmando que ganhos em saúde e educação podem compensar a falta de democracia.

Não por acaso, o Brasil se tornou um importador de escravos cubanos, não é mesmo?

Numa fala em que nada está certo, a referência que fez ao Brasil não tinha como sair redonda. Para demonstrar o compromisso do Brasil com a democracia, lembrou que, “nas manifestações de junho, não houve nenhuma repressão…”. É, de fato, o governo federal ficou apenas assistindo, com um ministro ou outro, como José Eduardo Cardozo e Gilberto Carvalho, insuflando… Quem teve e tem de arcar com o peso da repressão ao vandalismo são os governos estaduais.

 
O inacreditável Verissimo PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 19 de Febrero de 2014 17:25

Por Rodrigo Constantino.-

Em sua coluna de hoje, Verissimo destaca a diferença entre incrível e inacreditável. Apesar de terem o mesmo sentido teórico, na prática um é usado para coisas positivas, o outro para negativas. Claro, os exemplos “inocentes” que o socialista usa para as coisas ruins são bastante ideológicos.

Só gente muito ingênua ainda não percebeu que o colunista sempre destila sua visão ultrapassada de mundo em suas crônicas aparentemente inofensivas. Diz ele no primeiro exemplo:

Inacreditável seria o Jair Bolsonaro na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara em substituição ao Feliciano, uma ilustração viva da frase “ir de mal a pior”.

Já comentei aqui sobre Bolsonaro na Comissão de Direitos Humanos. Como é figura polêmica, há controvérsias se seria, mesmo, um nome bom para a função. Não obstante, sem dúvida seria menos pior do que figuras como Jean Wyllys, que usam o pretexto dos “direitos das minorias” para vender uma ideologia abjeta, que vai contra os principais valores ocidentais.

Inacreditável, portanto, é ainda confundirem “direitos humanos” com “direito dos manos”, e “direito das minorias” com coletivismo autoritário, que rejeita a menor minoria de todas: o indivíduo. Inacreditável é usarem a desculpa do combate ao preconceito para empurrarem programas “educativos” indecentes goela abaixo das crianças, enaltecendo a libertinagem como se fosse o máximo. Inacreditável é uma ministra querer abolir o uso dos termos “pai” e “mãe” em documentos oficiais, para não “constranger” aqueles que têm “famílias” diferentes.

Verissimo continua com seus exemplos:

Inacreditável é, depois de dois mil anos de civilização cristã, existir gente que ama seus filhos e seus cachorros e se emociona com a novela e mesmo assim defende o vigilantismo brutal, como se fazer justiça fosse enfrentar a barbárie com a barbárie, e salvar uma sociedade fosse embrutecê-la até a autodestruição.

Não, o inacreditável, aqui, é a esquerda manter um discurso por tanto tempo de que bandido é “vítima da sociedade”, que jovens assassinos devem ser tratados como “coitadinhos”. No mais, como a hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude (La Rochefoucauld), é cômico ver Verissimo usando a civilização cristã para falar que os sentimentos nobres e humanitários deveriam prevalecer, uma vez que a agenda socialista é totalmente anticristã e rejeita até mesmo o conceito de “civilização” superior.

Por fim, Verissimo solta a última pérola:

Inacreditável é que a reação mais forte à vinda de médicos estrangeiros para suprir a falta de atendimento no interior do Brasil, e a exploração da questão dos cubanos insatisfeitos para sabotar o programa, venha justamente de associações médicas.

Inacreditável é o programa “Mais Médicos”, oportunista, eleitoreiro, demagógico, populista, ineficiente e ilegal. Inacreditável é o governo brasileiro usar médicos cubanos como escravos, sob os aplausos de nossos “intelectuais” de esquerda. Inacreditável é alguém falar que a revolta com o uso desses escravos cubanos é “exploração para sabotar o programa”. Inacreditável é alguém mencionar “cubanos insatisfeitos” em vez de “gente desesperada em busca de liberdade”, algo inexistente em Cuba, “paraíso” desses mesmos hipócritas que preferem, na prática, o conforto de Paris.

Inacreditável, em resumo, é Verissimo, sua imensa cara de pau, e seu espaço enorme na imprensa apesar de sempre ter defendido as bandeiras mais nefastas. Inacreditável é este senhor ser filho do grande escritor Erico Verissimo. Incrível é eu ainda ter estômago para ler suas atrocidades e refutá-las aqui. Noblesse oblige!

Rodrigo Constantino

 
A tréplica de Reinaldo Azevedo a Janio Freitas PDF Imprimir E-mail
Escrito por Indicado en la materia   
Miércoles, 19 de Febrero de 2014 17:32

Por Reinaldo Azevedo.-

Na quinta, Janio  escreveu (em vermelho):
“Jonas Tadeu é reconhecido como muito habilidoso nas artimanhas próprias da advocacia que pratica. Para quem duvide, uma credencial de peso, no gênero: já foi advogado de Natalino Guimarães, preso em 2008 sob acusação de chefiar uma das mais poderosas milícias da Baixada Fluminense. Não é provável que acrescentar aos dois clientes atuais a condição de mercenários convenha à defesa. Poderia, sim, abrir caminho, por exemplo, para uma delação premiada, com os dois implicando alguém ou determinadas pessoas. Mas essa é uma especulação útil apenas para lembrar que mesmo as denúncias vazias podem ter caroços. Aliás, tê-los é da sua natureza: se não surgem com caroços, logo aparece quem os ponha.
Cedo ainda, ontem já aparecia no rádio um comentarista a falar na “extrema esquerda” como a possível pagadora das arruaças. Por que não também o possível interesse da direita, que toma outras muitas providências de organização encoberta para impor-se na sucessão presidencial? Jonas Tadeu recomenda não responder a certas perguntas.”

No dia seguinte, escrevi:
“PS – Janio de Freitas especulou sobre a honorabilidade de Jonas Tadeu Nunes, advogado dos assassinos de Santiago, porque já foi defensor de Natalino Guimarães, chefe de milícia. Alguns figurões do direito defenderam os ladrões do mensalão, e ninguém, com razão, duvidou da sua honra. O compromisso do advogado é com o direito de defesa, não com o crime praticado. O colunista referiu-se a mim –”um comentarista que já aparecia na rádio…”– porque perguntei a Jonas, na Jovem Pan, se grupos de extrema esquerda financiavam arruaceiros. Janio indaga se não poderiam ser de extrema direita. Se ela existisse, se fosse organizada, se tivesse partido, se recebesse verbas do fundo partidário, se tivesse suas “Sininhos” e seus piratas de olhos cerúleos, talvez… Acontece que as antípodas direita e extrema-direita no Brasil são substantivos abstratos, que só existem na mente meio paranoica das esquerdas. Ah, sim: apareceu uma lista de financiadores dos “black blocs”. Todos de esquerda. Quod erat demonstrandum.”

Na Folha deste domingo, Janio se enfeza:
FORAS
Reinaldo Azevedo, na Folha de sexta-feira, incluiu este trecho: Janio de Freitas “referiu-se a mim — um comentarista que já aparecia na rádio…’ — porque perguntei a Jonas, na Jovem Pan, se grupos de extrema esquerda financiavam arruaceiros”. Admito perder muito, mas não sou ouvinte da Jovem Pan e das ponderações de Reinaldo Azevedo. O comentário por mim citado foi transmitido pela CBN, em torno de 12h20 de quarta-feira, como pode ser comprovado por meio do saite da emissora.
Também não é verdadeiro que “Janio de Freitas especulou sobre a honorabilidade de Jonas Tadeu Nunes, advogado dos assassinos de Santiago, porque já foi defensor de Natalino Guimarães, chefe de milícia”. Para quem lê sem má-fé, ficou claro que citei Jonas Tadeu como ex-advogado de Natalino Guimarães para uma informação de entrelinha: os advogados de milicianos, e similares, em geral são definidos no meio advocatício, por suas artimanhas, com palavra que não desejei aplicar.
Por mim, Reinaldo Azevedo pode continuar tentando.

Então vamos ver
1 –  Onde ouviu – Ô, meu Deus! Janio não me ouve! Preciso dizer à Jovem Pan que já não são mais 30 milhões, mas apenas 29.999.999. De todo modo, jamais perde ou ganha alguma coisa quem não está disposto a aprender nada nem a esquecer nada. E esse é precisamente o seu caso — como ficará claro quando eu tratar do caso Pizzolato. Pode não me ouvir. Mas, segundo entendi, lê — ainda que isso possa lhe causar algum dissabor.

Ah, então foi outro. Que bom que mais alguém teve a mesma ideia, não é mesmo? Na quarta-feira, pouco depois das 8h30, Jonas Tadeu Nunes, advogado dos dois rapazes que acenderam o morteiro que matou o cinegrafista Santiago Andrade, concedeu uma entrevista à rádio Jovem Pan. O áudio está aqui. Ele denunciou que partidos políticos e políticos propriamente financiavam a violência, e eu lhe perguntei se os financiadores eram partidos de extrema esquerda. Minutos depois, a coisa se espalhou Brasil afora. Como se vê no link, às 9h56, a Jovem Pan já punha o áudio no ar. Às 11h56, publiquei um post a respeito, um dos mais lidos e reproduzidos da história do blog. Colaborou para que o blog batesse o recorde de visitas num único dia: 560.681.

Não foi a minha intervenção que Janio ouviu porque não perde tempo comigo? A minha resposta, no mérito, segue a mesma. Na coluna de quinta e na deste domingo, ele se esforça, e não estranho, para tapar o sol com a peneira, tentando negar as evidências escancaradas de que partidos de extrema esquerda municiam os black blocs. A turma de Marcelo Freixo tem até um grupo de advogados à disposição para atender a esses patriotas.

2 – A honra do advogado – As palavras fazem sentido, e eu sou um fanático do sentido que elas têm. Sim, Janio de Freitas pôs em dúvida, ainda que por palavras oblíquas, a honorabilidade do advogado — o que, lamento ter de constatar, é coisa de quem não entende os fundamentos do estado de direito e de uma sociedade livre. Se ele souber de outra coisa que deponha contra a honra de Jonas Tadeu Nunes, então diga. O homem ter sido advogado de um miliciano não quer dizer nada. Tanto é assim que, se ninguém aceitasse a tarefa, o estado teria de nomear um defensor público. Janio se irrita porque não tem resposta para a questão que propus: cabeças coroadas se apresentaram para defender os criminosos do mensalão; sua honra, por isso, está manchada? Releiam o que ele escreveu e o que escrevi para ver onde está a má-fé.

Lá vamos nós
Janio encerra a sua diatribe enfezada contra mim afirmando: “Por mim, Reinado Azevedo pode continuar tentando”. Não sei direito o que quis dizer — a clareza nem sempre é seu melhor dom —, mas vamos lá. Em primeiro lugar, fosse por ele, eu nem escreveria nem tentaria. Como não é por ele, então não tento, mas escrevo.

A frase também pode sugerir, sei lá, que busco notoriedade ao contestá-lo. Acho que se superestima e me subestima. Tendo a apreciar os grandes que são modestos sobre suas próprias virtudes. Mas os que praticam o contrário dessa proporção invertida me convidam à piedade. Há certamente uma enorme diferença entre mim e Janio: sinceramente, penso que a vida já me deu muito mais do que eu mereceria ou ansiava. Tenho, no entanto, a certeza de que ele pensa o contrário sobre si mesmo, e a dor, nesses casos, não é pequena. Como eu nunca quis ser Machado de Assis, não terminarei como o Pestana do conto “Um Homem Célebre”. Posso “continuar tentando” o quê? Discordar de Janio de Freitas não me rende um único leitor a mais. Mas ele pode contar que essa sua coluna será uma das mais lidas de sua carreira. Não faço juízo de valor. É só uma questão de fato.

Pizzolato
Que Janio continue a não perder seu tempo comigo. Perdesse, não teria tentado nos convencer a ouvir o que Henrique Pizzolato, este homem honrado, tem a dizer. Minhas retinas cansadas, como disse o poeta, jamais se esquecerão de sua coluna do dia 19 de janeiro, de que transcrevo um trecho (em vermelho), freneticamente reproduzida pela rede petista (os destaques são meus):

Na CPI que se ocupou do chamado mensalão, Henrique Pizzolato foi o depoente mais inseguro, titubeante, no próprio rosto o ritus do medo, senão pânico mesmo. Até muito mais do que o outro sufocado pela insegurança, Marcos Valério. Foi o único, também, a citar companheiro de partido e de governo de modo a transferir responsabilidades que lhe cobravam.
Já consumadas as condenações, participei de uma mesa de conversa sobre o processo, no Sindicato dos Advogados do Rio. À chegada, Henrique Pizzolato me esperava na saída do elevador, com a mulher.
Trazia uma pasta para me entregar, com documentos dados como comprovantes da realização de trabalhos, pela agência de Valério, negados na acusação do Ministério Público e pelo relator Joaquim Barbosa. A votação da maioria, no Supremo Tribunal Federal, acompanhou a negação.
A tibieza de Pizzolato me impressionou. Quem falou foi sua mulher, um ou dois minutos. Não consegui dizer mais do que os cumprimentos, fixado na imagem de Pizzolato.
Mais tarde, registrei parte do indicado pelos documentos, em princípio mais convincentes do que a acusação aparentemente mais fundada no desejo de acusar e condenar do que em fatos e provas bem apurados.
A fuga do casal Pizzolato não significou admissão de culpa. É natural o desejo de evitar a prisão, facilitado, no caso, pela dupla nacionalidade do condenado. Mas um pormenor ficou, para mim, como indagação cuja resposta poderia ser valiosa, diante de tanta coisa mal explicada, ou inexplicada, no processo e nas intervenções do julgamento. Os petistas, tanto os envolvidos no processo como os outros dirigentes, puseram Pizzolato à parte. É dele esta queixa, registrada por um dos seus defensores fora do tribunal: “O PT me abandonou”.
Por quê? Mais uma vez, Pizzolato foi o único. E não poderia faltar um motivo importante, a ponto de ser significativo para tantas pessoas que com ele conviveram em duradoura confiança, e o prestigiaram em indicações para cargos disputados. O que constatei ou deduzi a respeito não confirma nem conflita com a notícia, do “Estado de S. Paulo”, de uma conta na Suíça com possível movimento pelo foragido Henrique Pizzolato. Mas permite a convicção de que no rastro desse fato há numerosas consequências enfileiradas, capazes de mudar muitos aspectos estabelecidos sobre o chamado mensalão.

Retomo
Ainda que o texto possa fazer algumas especulações aparentemente incômodas ao PT — não mais do que aparentemente —, eis Janio de Freitas a lançar dúvidas sobre um dos crimes principais do mensalão: o peculato envolvendo o dinheiro do Fundo Visanet. Segundo diz, os documentos que Pizzolato apresentou provando que as agências de Marcos Valério haviam prestado o serviço eram mais convincentes do que a acusação.

Pois é… Duas semanas depois dessa coluna, aquele homem cuja tibieza impressionou Janio de Freitas, que humildemente saía a carregar debaixo do braço a pasta com as evidências de sua inocência, foi preso na Itália.
- falsificara documentos em nome do irmão morto, Celso Pizzolato, em 2007;
- falsificara passaporte em nome desse irmão em 2008;
- nesse mesmo ano, votou nas eleições como Celso e como Henrique Pizzolato;
- na Itália, viveu uma vida de rico;
- na casa de praia na Itália, há evidências de que movimentou de 20 mil a 30 mil euros, dinheiro oriundo da Espanha.

Janio não precisa perder tempo nem me lendo nem me ouvindo. Que ouça e leia outros que contribuam para que não passe o ridículo de se comportar como supernanny de mensaleiro. Mas ele não tem tempo nem de aprender nada nem de esquecer nada.

Então vai continuar tentando.

Texto publicado originalmente às 4h03

 

Última actualización el Jueves, 20 de Febrero de 2014 09:05
 
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